A partida mexe com os corações das torcidas mais numerosas da Argentina e da Bolívia. A partir das 19h30 desta quinta-feira (7), Boca Juniors e Bolívar se enfrentam em La Bombonera pela quarta rodada da fase de grupos da Copa Libertadores da América.
O triunfo é fundamental para os Xeneizes. Atuais campeões nacionais, os portenhos somam apenas três pontos em nove disputados, oriundos de três empates. A pontuação deixa a equipe na terceira posição do Grupo 3.
Os bolivianos, por sua vez, colecionam uma derrota, uma vitória e um empate até aqui, o que assegura o segundo posto da chave. Mas, diferente dos boquenses, a Academia tem apenas mais um embate a realizar em seus domínios nesta fase de grupos.
Boca com apenas uma dúvida para o jogo
O Boca Juniors ainda vive um momento instável dentro das fronteiras argentinas. No Campeonato Argentino, os Xeneizes postulam na sétima posição do Grupo 2 - que é integrado por outros 14 adversários -, com quatro vitórias, dois empates e três derrotas. No último sábado, Tevez, Carrizo e Lodeiro marcaram no triunfo por 3 a 0 sobre o Atlético Rafaela.
A perspectiva, contudo, é positiva. Em entrevista coletiva concedida na terça-feira, Cristian Pavón ressaltou a importância da torcida e frisou que, aos poucos, a equipe vai entendendo as ideias de Guillermo Schelotto – que completará apenas a sua sétima partida à frente da equipe. Na sequência, o atacante fez um breve projeção do jogo contra o Bolívar.
"É um rival complicado. Foi difícil na altitude, nos custou muito, mas conseguimos sair com um ponto. Veremos o que acontece agora... Temos que nos fazer fortes como mandantes", disse o atleta, lembrando do empate em 1 a 1 entre argentinos e bolivianos no primeiro turno.
Apenas uma dúvida paira sobre a cabeça de Schelotto no que se refere à formação boquense para o embate de logo mais. O meio-campista Pablo Pérez trabalhou de forma diferenciada ao longo da semana e tem presença incerta entre os titulares. Caso não tenha condições de atuar, Lodeiro deve ser o seu substituto.
A lista de desfalques dos portenhos é encabeçada por Daniel Osvaldo. Machucado, o atacante sequer foi relacionado para o confronto contra os bolivianos. A outra baixa fica por conta de Leonardo Jara, que, com dores na coxa esquerda, deve dar lugar a Gino Peruzzi na lateral direita.
"O Boca é uma grande equipe"
O Bolívar é dono da terceira posição no Torneio Apertura 2016. Em 11 jogos, a Academia emplacou quatro vitórias, quatro empates e três derrotas, o que a deixa atrás apenas do Jorge Wilstermann e do Club Petrolero na tabela de classificação. No último sábado, os pacenhos empataram em seus domínios em 1 a 1 com o Nacional Potosí.
O técnico Rubén Insúa aguarda por uma situação da definição do zagueiro Ronald Eguino, que se recupera de um corte na perna. Caso não atue, o defensor deve ser substituído por Edemir Rodríguez.
No setor ofensivo, a dúvida gira sobre a presença de Gastón Cellerino, que sofreu uma torção. Caso não jogue, o experiente Ivan Borghello - com passagem pelo futebol argentino - deve iniciar entre os titulares.
Companheiro de posição do atacante, Juan Arce é um dos principais destaques da equipe na atual edição da Copa Libertadores. Com quatro gols marcados, é um dos vice-artilheiros da competição.
Em entrevista, o comandante bolivarista valorizou o adversário desta quinta-feira e, no mesmo sentido, revelou qual caminho pretende seguir para levar vantagem no aspecto tático.
"O Boca é uma grande equipe. Pretendo fazer um jogo inteligente. Taticamente, buscaremos ganhar no um contra um, mas podemos dominar o meio, colocar jogadores rápidos para chegar de maneira clara à meta adversária", colocou Insúa, que finalizou: "Sabemos que teremos uma partida difícil, mas confio na minha equipe e lutaremos. Temos que ter caráter em cada compromisso, a auto-estima alta".