Força crescente no futebol feminino, a seleção da França cada vez mais se aproxima das grandes seleções da Europa e do mundo. Os Jogos Olímpicos de 2016 serão mais uma oportunidade para as mulheres comandadas por Philippe Bergeroo acabaram com o incômodo de nunca terem chegado ao pódio em uma disputa de torneios internacionais. A melhor colocação das Azuis foram dois quarto lugares. O primeiro aconteceu na Copa do Mundo de 2011 e o segundo na Olimpíada de Londres no ano seguinte.

A chave francesa no Rio de Janeiro será muito parecida com a que a equipe disputou há quatro anos. Mais uma vez a seleção vai enfrentar a Colômbia e os Estados Unidos. A única mudança será a Nova Zelândia no lugar da Coreia do Norte. A equipe nacional tenta pegar carona no sucesso dos clubes na Liga dos Campeões da Uefa, onde clubes do país disputaram seis das últimas sete finais, porém, as jogadoras já trataram de tirar a pressão por um bom resultado em terras brasileiras. Em entrevista ao jornal francês L'Equipe, a atacante Eugénie Le Sommer afirmou que a única tentativa será "desfrutar do momento".

A zagueira e capitã Wendie Renard, a meio-campista Louisa Nécib (conhecida como a Zidane feminina pelo seu talento e também por ter ascendência argelina) e a atacante Le Sommer aparecem como alguns dos destaques da equipe nacional francesa. Contudo, a jogadora que chega aos Jogos Olímpicos em melhor momento é a meio-campista Amandine Henry. A atleta recentemente trocou o Olympique Lyon para atuar no Portland Thorns, time que disputa a National Women Soccer League, nos Estados Unidos.

Apesar de atuar na organização das jogadas na parte defensiva do meio, Henry figura na lista das principais jogadoras do mundo. A atleta apareceu entre as melhores em duas eleições em 2015. A francesa ficou em segundo lugar na votação de principal nome da Uefa, atrás apenas da alemã Célia Sasic. Já na eleição da Fifa, Amandine ficou em sétimo lugar com 6,57% dos votos, bem abaixo da melhor do mundo Cali Lloyd, dos Estados Unidos, mas perto da terceira colocada Aya Miyama, da seleção japonesa.

O treinador da seleção da França é o ex-goleiro Philipe Bergeroo. Ele assumiu o comando da equipe após a eliminação precoce na Euro de 2013, quando o país caiu nas quartas de final para a Dinamarca. Atleta com passagens por times tradicionais como Lille, Bordeaux e Toulouse, o comandante de 62 anos começou a carreira como treinador de goleiro da equipe masculina, função que sagrou-se campeão mundial em 1998. A primeira chance na função de técnico aconteceu com o Paris Saint-Germain em 1999. Sem títulos, passou por Rennes, todas as categorias de base da equipe nacional até assumir a equipe feminina.