O mundo do futebol, como bem sabemos, é um espaço majoritariamente masculino e austero à figura feminina. Mulheres lutam diariamente para conquistar seu espaço, seja no campo, no apito, nas mesas redondas e até mesmo nas arquibancadas. Nesta semana, entretanto, o futebol alemão trouxe uma notícia bastante animadora para a luta por equidade de gênero no esporte.

O Eintracht Frankfurt anunciou oficialmente a contratação de Helena Costa como olheira do clube. Helena, conhecida como um símbolo de resistência feminina no mundo do futebol, será a primeira olheira feminina na história da Bundesliga. Seu grande envolvimento com o esporte tem sido fundamental para o rompimento das barreiras de gênero impostas no meio.

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Aos poucos, o futebol alemão tem tentado se mostrar mais democrático e inclusivo às mulheres. Com uma das ligas mais modernas e importantes do mundo, a Alemanha tenta servir de inspiração para outros países na ampliação de espaços e na quebra de esteriótipos. No último mês de maio, a DFB anunciou a primeira mulher no quadro oficial de arbitragem da Bundesliga.

Com 39 anos de idade, Helena já tem um vasto currículo dentro do futebol. Envolvida com o esporte desde os 20 anos de idade, a lusitana já dirigiu as seleções femininas do Qatar e do Irã, foi olheira do clube escocês Celtic FC entre 2008 e 2011, além de ter trabalhado por mais de uma década nas categorias de base do Benfica.

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Aliás, o intercâmbio entre Portugal-Alemanha será justamente o enfoque profissional de Helena dentro do Frankfurt, tendo em vista que, hoje, Portugal é um dos maiores celeiros de jovens talentos no futebol mundial. O clube alemão enxerga na lusitana uma figura competente e com vasto conhecimento acerca do futebol de base de seu país.

Em 2014, Helena foi pioneira ao ser a primeira mulher a assumir o comando de um time profissional masculino. A experiência, no entanto, revelou-se puramente como "jogada de marketing" do clube, que não ofereceu à treinadora as condições e o prestígio necessários para o desenvolvimento de seu trabalho. No Eintracht Frankfurt, desta vez, a história pode ser diferente.

Cobertura VAVEL Brasil sobre futebol feminino

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Sobre o autor
Nathália Almeida
Carioca e historiadora. Apaixonada por esportes e fã de Roger Federer.