Na noite desta quarta-feira (27), no Estádio Nacional de Varsóvia, na Polônia, Dnipro e Sevilla protagonizaram a final da Uefa Europa League. Em um duelo eletrizante, os espanhóis mostraram favoritismo e bateram os ucranianos por 3 a 2. Bacca, duas vezes, e Krychowiak marcaram os tentos a favor dos rojiblancos, enquanto Kalinic Rotan descontaram pelos Guerreiros da Luz.

O primeiro tempo começou eletrizante, mostrando como seria todo o decorrer do duelo. Logo no início, o Dnipro saiu em vantagem, com gol de Kalinic. Sentindo o golpe, o Sevilla não se intimidou e conseguiu alcançar a virada - com gols de Krychowiak e Bacca - em três minutos, fazendo sair ainda mais faíscas na torcida. Na reta final, Rotan fez uma cobrança de falta magistral, igualando tudo.

O segundo, porém, caiu de ritmo. Com menos chances claras de gol dos dois lados, o desinteresse das equipes tirou a empolgação dos torcedores presentes. Mostrando mais solidez defensiva e mais qualidade ofensiva, os Palanganas foram consistentes e confirmaram a quarta conquista do torneio europeu com novo gol de Bacca. Para os Guerreiros da Luz, coube se contentarem com o vice-campeonato inédito.

Equipes fazem primeiro tempo eletrizante e ficam no empate

Assim como em todo jogo de caráter decisivo, Dnipro e Sevilla começaram a final da Uefa Europa League a 1000km/h. Antes dos cinco primeiros minutos, nenhuma das equipes haviam chegado ao ataque. No primeiro contra-ataque dos ucranianos, porém, o placar foi inaugurado e levou parte da torcida presente ao Estádio Nacional de Varsóvia ao delírio. Livre de marcação, o meia-atacante brasileiro Matheus cruzou na pequena área e Kalinic cabeceou para o fundo do gol.

Mesmo trocando passes na entrada da defesa dos Guerreiros da Luz, os Sevillistas não encontravam espaços. Em uma das oportunidades que tiveram, os espanhóis obrigaram o goleiro Boyko a fazer grande defesa após cabeçada de Krychowiak. No lance seguinte, porém, o polonês balançou as redes no seu país. Depois de tanto pressionar, Banega bateu escanteio e a bola ficou viva com o defensor, que aproveitou desatenção dos adversários e chutou forte, sem dar chance de defesa.

Pouco tempo depois, os rojiblancos mostraram que a superioridade momentânea no confronto tinha de ser recompensada. Reyes lançou em profundidade, a zaga celeste se descuidou e o colombiano Carlos Bacca saiu sem marcadores. Sem esforços, driblou o arqueiro e mandou para o fundo do barbante, deixando os Palanganas em vantagem pela primeira vez.

Sem se intimidar, os estreantes em decisões nas competições europeias demonstraram estar vivos, mesmo sentindo o golpe em curto espaço de tempo. Konoplyanka arriscou de longe e obrigou o Sergio Rico a fazer um verdadeiro milagre. Tal qual os Nervionenses, voltaram a igualar o marcador depois de fazer blitz à frente do sistema defensivo. O capitão Rotan bateu falta com perfeição e impediu qualquer intervenção de Rico, deixando tudo igual ao fim da etapa inicial.

Bacca marca no fim e dá título ao Sevilla pela quarta vez

Diferente do primeiro tempo, o segundo começou mais equilibrado e truncado no meio-campo, com poucas oportunidades ofensivas de ambos os lados. Mesmo sem concluir em gol com sucesso, os ucranianos voltaram com mais poder de decisão, o que deixou Unai Emery preocupado. O técnico espanhol resolveu tirar Reyes, principal homem de armação, e colocou Coke para priorizar a marcação.

Apesar de estar mais acuado, o Sevilla foi quem assustou e empolgou a torcida presente pela primeira vez na etapa final. Após cobrança de escanteio na pequena área, a bola ficou viva, mas nenhum jogador dos rojiblancos chegou para finalizar, com os defensores celestes cortando o perigo.

Como quem não quer nada, os Palanganas chegaram ao ataque e voltaram a ficar em vantagem no placar. Vitolo deu grande lançamento em profundidade para Bacca, que aproveitou a falha na marcação do time do Leste Europeu e esperou Boyko sair mal do gol para empurrar ao fundo do barbante.

Nome da partida com dois tentos marcados, o centroavante colombiano seguiu em busca do hat-trick, mas sem sucesso. O treinador nervionense optou por dar novo fôlego ao setor ofensivo para administrar a vantagem, colocando o francês Kevin Gameiro em seu lugar. A substituição surtiu o efeito esperado pelo comandante, que viu sua equipe segurar o triunfo e conquistar o tetracampeonato do certame.

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Sobre o autor
Mateus Schuler
Jornalismo e admirador do futebol. Sofre por Flyers, Jaguars, Suns e Basel, não necessariamente nessa ordem. Fã de rock e esportes em geral. Insone