Nome: Clube Atlético Paranaense

Ano de fundação: 1924

Mascote: Cartola

Títulos: Campeonato Brasileiro Série A – 1 (2001), Campeonato Brasileiro Série B – 1 (1995), Campeonato Paranaense – 22 (1925, 1929, 1930, 1934, 1936, 1940, 1943, 1945, 1949, 1958, 1970, 1982, 1983, 1985, 1988, 1990, 1998, 2000, 2001, 2002 [Supercampeonato Paranaense], 2005 e 2009)

Campanha em 2012: 3º lugar – Série B

Expectativa: vaga na Copa Sul-Americana

Altos e baixos em 2012

Após uma fraca campanha no Brasileirão de 2011 e o conseqüente rebaixamento, a expectativa para o ano posterior era a de um Furacão arrasador, que voltaria à elite sem maiores sustos. Grande engano. Apesar de iniciar a trajetória na segunda divisão com uma goleada por 4 a 1 diante do Joinville, em SC, a equipe não teve boas atuações durante o primeiro turno e foi à outra parte da competição com números que não condiziam com o esperado por torcida e mídia; nos 19 jogos disputados, apenas em 10 o rubro-negro saiu com os três pontos. Nessa inconstante fase, contabilizaram derrotas inexplicáveis, como o 2 a 1 aplicado pelo CRB e o 2 a 0 para o Guarani – ambos rebaixados para a Série C – e empates não menos vexatórios, tal como o zero a zero frente ao Bragantino, dentro de casa.

O que faltava? Provavelmente esta pergunta pode ser respondida simplesmente por: novas peças. O plantel que Ricardo Drubscky tinha a disposição nas dezenove rodadas iniciais era praticamente o mesmo que envergonhou seu torcedor no ano do rebaixamento, com jogadores ultrapassados e que não mostravam vontade ao entrar em campo. Para o returno, Mário Celso Petraglia – mandatário do clube – abriu os cofres e permitiu a contratação de diversos jogadores. Dentre estes, podemos citar João Paulo (ex-Ponte Preta), Elias (ex-Atlético/GO) e Pedro Botelho (ex-Arsenal/ING) como os principais reforços. Os três chegaram ao CT do Caju sem tanta badalação e em pouco tempo atuavam juntos no time titular, compondo o grupo que se alterou no meio do ano e mudou de cara na reta final da competição. Nos 19 confrontos derradeiros, o Atlético foi derrotado por duas oportunidades (x Goiás, x Bragantino) e pontuou em todas as outras. Vencendo e convencendo, a equipe paranaense subiu na tabela de forma meteórica e terminou o campeonato na gloriosa – devido às circunstâncias que a campanha apresentou – terceira colocação, garantindo a vaga na primeira divisão nacional em 2013. Bateu de frente com adversários diretos e, aliando técnica e garra dentro das quatro linhas com a força de sua fanática torcida, cumpriu sua missão.

Estadual apresentou frutos para serem colhidos

Desde que foi anunciada a inovadora atitude de colocar no Campeonato Paranaense o elenco Sub-23, o clube foi tomado por incertezas e questionamentos, por todos os lados. Ato correto? Os garotos provenientes da categoria de base teriam peito para surpreender os profissionais do torneio? A resposta foi construída conforme a carruagem andava. Mesmo não convencendo no primeiro turno e ficando para trás, os jovens comandados por Arthur Bernardes mostraram-se experientes e, sem pressão alguma, deram a volta por cima. Na segunda parte da competição, campanha invejável – apenas uma derrota –, título e vaga na decisão, diante do arquirrival Coritiba. Aí, o resultado ficou em segundo plano; contrariando previsões e superando as expectativas, os meninos rubro-negros honraram a camisa e estavam lá. Na final, o empate dentro e o revés fora de casa deram o troféu ao lado verde da capital, pela quarta vez consecutiva. No entanto, o saldo final foi positivo: outrora desacreditados, os juvenis orgulharam a torcida com a excelente trajetória realizada.

Inovação e prolongamento na pré-temporada

No início do ano, Petraglia adotou uma política inovadora e inédita para o clube paranaense. No meio do conjunto de medidas impostas, estava uma que até chegou a gerar reações críticas: a delegação principal do Atlético excursionou pela Espanha e multiplicou o período de pré-temporada. Com a iniciativa inédita no Brasil, a principal intenção era ganhar experiência e se preparar, mas o plantel acabou indo além e levantando o caneco da Marbella Cup, torneio que reuniu diversas equipes da Europa. Na campanha, despachou o campeão búlgaro Ludogoretz Razgrad, o recheado de destaques Dínamo de Kiev e, na decisão, bateu o Dínamo Bucareste. Buscando adversários ainda de melhor qualidade, o Furacão realizou mais dois jogos amigáveis no solo do velho continente, diante de Cluj-ROM e Otelul Galati-ROM. De volta às terras tupiniquins, partiu em um tour pelo país, onde enfrentou Figueirense, Goiás, Atlético/GO e Cruzeiro. Com um aproveitamento de 61%, entre resultados positivos e negativos, o Atlético teve tempo suficiente - talvez até excedente - para avaliar seu grupo e entrar com tudo em 2013.

          

Características

O time atleticano caracteriza-se por ser técnico na meia cancha e veloz pelos lados. Na defesa, pegada forte da dupla de zaga e na lateral direita encontramos o primeiro problema. Sem ter certeza sobre o titular da posição, o torcedor espera apenas para que o escolhido tenha o mesmo sucesso de seus companheiros defensivos. Devido á tática e estratégia ofensiva, podemos aguardar gols.

Elenco

Para a jornada na elite brasileira, o elenco do Furacão recebeu novas adições e perdeu poucas peças. Os que ganharam rumos diferentes não representaram dentro de campo ou raramente foram utilizados. A principal contratação foi a do badalado Fran Mérida, que, apesar de ter apenas 24 anos, já passou por Barcelona, Arsenal e Atlético de Madrid; ele chega para provavelmente compor o time titular, ao lado de Elias ou/e Everton – o último, contratado junto ao Cruz Azul, do México. Na parte de trás, a dupla de zaga é jovem, mas passa confiança ao torcedor. Manoel vem obtendo destaque nas recentes temporadas e volta e meia recebe propostas, entretanto, segue firme e forte no rubro-negro ao lado de Cleberson, outra promessa revelada nas categorias inferiores e que vem sendo muito bem lapidada, inclusive, atraindo o interesse de grandes clubes brasileiros. Os dois volantes mesclam habilidades necessárias; Deivid, cria do CT do Caju e xerife da equipe, não deixa a desejar na marcação, enquanto João Paulo, ex-Ponte Preta, dá qualidade na saída de bola e frequentemente se aventura no ataque com seus potentes chutes de longa distância. Lá na frente, Marcelo foi o grande goleador na campanha da Série B, embora Marcão seja o encarregado para isso, fazendo papel de camisa 9. Ciro, que já teve passagens por Fluminense, Bahia e Sport, também pode pintar nas escalações. Por fim, a maior revelação do plantel Sub-23: Douglas Coutinho. O atacante de 19 anos balançou as redes por 11 oportunidades no Estadual e será integrado ao elenco de cima.

                

Transição

Como citado, os jogadores do grupo que disputou o Campeonato Paranaense foram muito bem avaliados pela comissão técnica e cada um terá seu rumo definido em determinado tempo. Aqui, ressaltamos os que devem passar por uma fase de transição até que estiverem aptos a integrar o time principal. Léo, lateral direito que obteve destaque principalmente nos jogos decisivos e conta com uma enorme carência na posição a seu favor, deve subir. O volante Hernani tem qualidade, mas ainda oscila entre bons e maus momentos, portanto, será lapidado num plano em longo prazo para vestir a camisa principal. Zezinho, velho conhecido do torcedor, também pode pintar lá em cima; ano passado, foi usado como peça polivalente – sem sucesso -, e agora tem chances de servir como opção na meia-cancha.

Fator estádio

Muito provavelmente o principal problema do Furacão para a temporada. A Arena da Baixada, que colocava pressão sobre qualquer adversário que ali jogasse, está em obras de adequação às normas da FIFA, para que o local receba jogos da Copa do Mundo de 2014. Assim sendo, a equipe terá de atuar nos dois estádios do Paraná Clube: a Vila Capanema e a Vila Olímpica. Haja vista que as canchas são em Curitiba, a torcida seguirá indo nas partidas e apoiando - porém, em menor número.