Em 2007 o Internacional assinou um contrato em que se dizia responsável pelos gastos com as estruturas temporárias que estarão dispostas ao entorno do Beira-Rio e abrigarão as áreas de imprensa, energia, tecnologia da informação e segurança, entre outras, necessárias para a organização da Copa do Mundo de 2014. O clube teria que arcar com, por exemplo, tendas, passarelas, iluminação, mobiliário, divisórias, cabos e cercas.

Na maioria das cidades-sedes, é o poder público que administra o gerenciamento dos estádios, mas como o Beira-Rio é particular, a reponsabilidade é do clube. Em entrevista à Rádio Gaúcha, o presidente Giovanni Luigi disse que o custo dessas estruturas, que é estimado em R$ 30 milhões, ameaça a disputa do torneio mundial no estádio. O presidente afirmou ainda que o Internacional não pagará os custos.

"Existe, sim, o risco de perdermos a Copa. E ele não é pequeno. A parte que o Internacional vai pagar é a maior de todas. Além do estádio, estamos cedendo todas essas áreas (Gigantinho, Centro de Eventos e edifício-garagem) para as estruturas temporárias. As outras questões referentes a estruturas temporárias, o Inter não assumirá".

O clube quer dividir a conta com a Prefeitura de Porto Alegre e o Governo do Estado. As partes já discutiram o assuntos em várias reuniões realizadas. Mas segundo o secretário extraordinário da Copa em Porto Alegre, João Bosco Vaz, não há segurança jurídica para bancar os gastos com dinheiro público.

Para o Ministério Público Federal (MPF), os gastos os custos devem ser arcados pela FIFA e pelo Comitê Organizar Local (COL) do Mundial. Na segunda-feira (17), Jérôme Vack, secretário-geral da FIFA, virá a Porto Alegre e deve tratar do impasse com o vice-governador, Beto Grill, e com o prefeito da cidade, José Fortunatti.

"É um problema que não é difícil de ser resolvido e que é de toda a sociedade gaúcha. Se a Copa não acontecer aqui, o Internacional já tem o seu estádio novo, moderno. Será uma perda para o Internacional? Claro que será. Mas eu entendo que, nós gaúchos, como sociedade, perderemos muito mais" , finalizou Giovanni Luigi.

VAVEL Logo
Sobre o autor