Foi uma noite de festa na Ilha do Retiro. Em comemoração ao seu aniversário de 110 anos, o Sport fez uma programação especial durante o dia, com direito a nova homenagem ao goleiro Magrão e o lançamento do nove uniforme do clube, agora com listras verticais e o primeiro escudo da história do clube. Para a celebração ficar completa, faltava apenas um pequeno detalhe: derrotar a Chapecoense e avançar para a terceira fase da Copa do Brasil. Uma missão que só foi conquistada nos pênaltis, após a vitória por 2 a 0 no tempo normal.

Apesar de estar em desvantagem no confronto, o Sport viu a Chapecoense começar melhor e dificultar bastante a partida. Com pouca criatividade em seu ataque, os donos da casa só conseguiram passar pela defensiva dos catarinenses no segundo tempo, após o gol do atacante Mike. O 1 a 0 deu ânimo ao Sport que logo na sequência conseguiu o 2 a 0, após cobrança de pênalti de Diego Souza, e definir o placar da partida, decidindo o classificado nas penalidades, onde Magrão voltou a justificar o status de ídolo ao defender pênalti de Bruno Rangel e colocar o Leão da Ilha em vantagem. A Chapecoense ainda perderia mais um pênalti com Maranhão, deixando para Vitor a missão de classificar o rubro-negro para a próxima fase.

O próximo adversário do Sport na Copa do Brasil será o Santos em data ainda a ser definida. Já a Chapecoense aguarda o restante da competição para definir os resultados da terceira fase da Copa do Brasil com a possibilidade de conquistar uma vaga para a Sulamericana. Pelo Campeonato Brasileiro, o clube pernambucano viaja para o Rio de Janeiro, onde enfrentará o Flamengo no domingo, às 16h da tarde. O Verdão enfrenta o Corinthians no sábado, às 21h.

Primeiro tempo tem poucas chances e superioridade da Chapecoense

Mesmo com o Sport precisando do resultado, foi a Chapecoense quem começou com uma maior participação no campo de ataque. O clube de Santa Catarina não permitia a criação de jogadas dos donos da casa, recuperando a posse da bola rapidamente se organizando para contra-atacar. Aos 9 minutos, o Verdão chegou com perigo pela primeira vez na partida. Dener cruzou para a grande área e encontrou Gil. O volante dominou e finalizou cruzado, mandando para fora.

Após os 20 minutos iniciais, o Sport finalmente conseguiu ocupar o campo de ataque. Os rubro-negros desciam principalmente pelo lado-direito de ataque, mesmo jogando com o zagueiro Oswaldo improvisado no setor. Os pernambucanos, porém, não apresentavam a qualidade necessária para furar o sistema defensivo da Chapecoense, ficando apenas na troca de passes entre seus jogadores de ataque.

Enquanto o Sport seguia se movimentando para arrumar algum espaço para finalizar, os visitantes seguiam administrando o jogo, gastando o tempo do relógio e saindo apenas nas melhores oportunidades. Ainda assim, a Chapecoense conseguiu chegar com mais perigo que o Sport. Gil arriscou novamente, desta vez de fora da área, mandando a bola para o lado direito do goleiro Magrão. No final da primeira etapa, o Sport conseguiu uma pequena pressão, se aproveitando de uma sequência de escanteios e faltas próximas a área, mas sem forçar Danilo a fazer uma boa defesa.   

Sport consegue dois gols e manda partida para os pênaltis

Na volta para o segundo tempo, o técnico Eduardo Baptista arriscou e colocou o atacante Mike no lugar de Oswaldo, deslocando Samuel para a lateral-direita. A substituição deu mais espaços para o ataque da Chapecoense, que começou a sair mais para o jogo. Logo aos 6 minutos, Ananias avançou pelo lado esquerdo e cruzou. A bola passou por Roger e chegou em Camilo que finalizou forte, carimbando a defesa rubro-negra.

Logo na sequência do lance, o Sport conseguiu sua primeira finalização mais perigosa na partida. Renê avançou pelo lado esquerdo e tocou no meio para Diego Souza. O meia arriscou de fora da área e mandou por cima do travessão. Apesar da chance, o Sport seguia com pouca inspiração no ataque, sem conseguir ameaçar o adversário, que até então crescia na partida e ameaçava um pouco mais.

Aos 22 minutos, o Sport achou o seu primeiro gol. Mike recebeu na entrada da área, dividiu com o zagueiro e chutou. O goleiro Danilo chegou a resvalar na bola, mas não foi o suficiente para mandar a bola para a linha de fundo. O gol deu ânimo ao Sport, que saiu em busca de um gol para levar a partida para os pênaltis. E os pernambucanos conseguiram seu objetivo rapidamente. No minuto seguinte, Wendel foi derrubado por Apodi na área. Na cobrança, Diego Souza mandou no ângulo, para fora do alcance do goleiro.

Sentindo os dois gols, a Chapecoense se retraiu na partida, chamando o Sport. Os rubro-negros, porém, após conseguir os dois gols rapidamente, seguiam com dificuldades na criação de jogadas. O técnico Vinicius Eutrópio mudou sua equipe tentando recolocar a Chapecoense no ataque, promovendo as entradas de Hyoran e Maranhão para ganhar um pouco mais de força no ataque. Com pouco tempo restante, as duas equipes conseguiram ainda criar uma jogada de perigo cada. Roger recebeu na entrada da área, avançou e finalizou, sendo travado por Durval. A chance do Sport foi mais perigosa. Diego Souza cobrou falta e encontrou Rithely, que cabeceou a bola rente ao poste.

Magrão volta a defender pênalti e Vitor decide classificação para o Sport

Quem abriu a contagem das penalidades foi a Chapecoense, que saiu na frenta após boa cobrança de Camilo, que cobrou no canto esquerdo, tirando bem do goleiro Magrão. Batedor oficial do Sport, Diego Souza foi o primeiro a cobrar pelos pernambucanos, igualando o marcador. Na sequência, Hyoran e Samuel converteram as para suas equipes. Na terceira cobrança da Chapecoense, Bruno Rangel, que havia entrado só para as penalidades, mandou no canto esquerdo e o goleiro Magrão defendeu. Wendel bateu na sequência e colocou o Sport em vantagem. Maranhão bateu o quarto pênalti mandou longe, por cima da barra, colocando Vitor em posição de definir as penalidades e a classificação para o Sport.

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Sobre o autor
Heitor Barros
Jornalismo da UFPE. Amante de esportes , de rock n' roll e de nerdices.