José Maria Marin, ex-presidente da CBF, já está em solo americano após a confirmaçao de sua extradição da Suíça. Seu avião pousou em Nova York, por volta das 15h50. O ex-dirigente estava preso na Suíça desde o final de Maio, depois da divulgação dos escândalos na Fifa, onde o brasileiro teve grande envolvimento no caso. Marin e outros seis dirigentes de futebol foram presos a pedido de autoridades americanas. Por isso ele foi transferido para os EUA.

Marin foi o ultimo a ter seu caso avaliado pelos suíços. Sua negociação da prisão domiciliar acabou atrasando o caso do brasileiro, que em junho já havia aberto recursos para não ser extraditado da Suíça. Seus advogados negociaram com o Departamento de Justiça, que em caso de ir aos EUA, Marin recebesse certos privilégios.

Neusa, esposa do ex-dirigente, chegou a cidade de Nova York e se reuniu com Paulo Peixoto, advogado de Marin, antes do marido desembarcar com o FBI. Marin ficará preso por três dias até sua audiência na Corte Federal do Brooklyn. O ex-presidente ficará em prisão domicilar na Trump Tower, um dos prédios mais famosos de NY.

Marin deverá se declarar inocente, ficar sob vigilância eletronica (feita por uma empresa privada que ele mesmo pagará) e pagar uma multa milionária. Se o acordo for o msmo feito com Jeffrey Webb e Alejandro Burzaco (outros envolvidos no escândalo), o ex-presidente da CBF só deixará seu apartamento com autorização do FBI. Webb e Burzaco pagaram de fiança US$ 10 milhões e US$ 20 milhões, respectivamente.

A investigação mostrou que outros dirigentes brasileiros também estão envolvidos no escândalo. Entretando os nomes não foram citados. Porém, um é o antecessor de Marin na presidência da CBF, Ricardo Teixeira e outro é "um dirigente com alto cargo na CBF, Conmebol e na Fifa", sendo assim chegando ao nome de Marco Polo Del Nero, atual presidente da CBF.

Com as investigações rolando e com um acordo firmado com FBI, Marin está proibido de manter contado com Del Nero, Ricardo Teixeira e Kléber Leite - da Klefer, empresa parceira da CBF. Violando esse termo, Marin seria imediatamente transferido para uma prisão em NY. A idéia é impedir que Marin atualize a situação da investigações para os ex-companheiros da instituição brasileira de futebol.

José Maria Marin é acusado de receber e repartir propinas em um esquema de corrupção em vendas de direitos televisivos de torneios brasileiros e sul-americanos. As autoridades americanas viram Marin como um alvo de investigações após o brasileiro usar empresas e bancos americanos para fazer as transações ilegais.