O Santa Cruz mostrou um futebol de cachorro grande e, com a contribuição do atacante Halef Pitbull, massacrou o Uniclinic por 4 a 0 na tarde deste domingo (12), em partida realizada no estádio do Arruda, e se mantém na liderança do Grupo A da Copa do Nordeste 2017.

Após um primeiro tempo apagado mas salvo pelo oportunismo do camisa 9, o Tricolor conseguiu mostrar um futebol excelente na etapa final, não deu chance ao adversário e conseguiu marcar mais três vezes, todas elas com participação do centroavante, seja marcando ou sofrendo pênalti.

Agora, a Cobra Coral atingiu a marca dos sete pontos ganhos e divide a liderança com o Campinense, que bateu o Náutico no Amigão e possui a mesma quantidade de pontos, enquanto o Náutico estacionou na terceira colocação com três pontos conquistados e o Uniclinic continua na lanterna sem nenhum ponto e nenhum gol marcado. No próximo dia 25 os confrontos se repetem com o mando invertido: O Santa Cruz vai ao Ceará e o Campinense vai ao Recife.

Futebol abaixo da crítica, mas com um Pitbull latindo alto

Os pouco mais de 5 mil corais presentes ao estádio José do Rêgo Maciel esperavam um Santa Cruz buscando a vitória contra o pior time do grupo, mas o que se viu na primeira etapa foi um jogo de qualidade técnica sofrível, inclusive por parte da equipe mandante, que não conseguiu encontrar seu bom futebol.

Apenas aos 10 minutos de jogo os corais conseguiram chegar com perigo ao ataque. Numa jogada entre Léo Costa e Thomás, o meia chegou livre na pequena área, mas não acertou o chute e foi interceptado pela defesa. Outra boa chance desperdiçada veio nos pés de Vítor, aos 19 minutos, arriscando de fora da área pelo lado direito e assustando o goleiro Théo.

A Águia de Precabura também tentou chegar ao gol. Aos 21 minutos, Leylon aproveitou falha de Vítor e arrematou da entrada da grande área, obrigando Julio Cesar a fazer boa defesa. Após esse lance, apenas aos 47 minutos Netinho, de fora da área, chutou e Julio Cesar espalmou, mas Lima não soube aproveitar o rebote e mandou muito longe da meta tricolor.

Nesse longo intervalo entre as boas chances auriazulinas, o Tricolor foi mais eficiente. Se aos 25 minutos Everton Santos cabeceou para fora após receber um cruzamento pelo lado esquerdo, dez minutos depois Halef Pitbull foi bem mais feliz. Léo Costa cobrou escanteio na segunda trave e o centroavante coral subiu mais alto que a zaga adversária para cabecear de forma certeira para o fundo das redes, garantindo o alívio da até então impaciente torcida santacruzense e o placar parcial da primeira etapa.

Santa Cruz arrasador comandado pela fera Halef Pitbull

Após o intervalo, o Tricolor voltou com uma postura completamente diferente do primeiro tempo. Logo aos 2 minutos da etapa final Thiago Primão cobrou uma falta em cima da barreira, mas no rebote mandou uma bomba no travessão, assustando o goleiro Théo. E aos 10 minutos veio um lance que aumentou ainda mais o domínio tricolor: o zagueiro Domingos Sávio recebeu o segundo cartão amarelo e foi expulso da partida, deixando o Uniclinic com um homem a menos e o Santa com mais espaços no campo.

Aos 15 minutos veio a primeira recompensa para o bom futebol coral: Pitbull recebeu livre na intermediária, avançou e foi derrubado na grande área pelo goleiro Théo. Pênalti bem marcado e cobrado com violência no meio do gol por Thomás, garantindo o segundo gol tricolor. Os dois atacantes também foram protagonistas do terceiro tento santacruzense: aos 28 minutos Thomás cruzou e Pitbull, novamente oportunista, escorou para o fundo do gol adversário.

A partir daí o clima no Arruda era de festa. E em meio a muita comemoração e imitações de latidos por parte da torcida, o novo xodó coral ainda teve tempo para marcar seu terceiro tento na partida. Aos 39 minutos, Vitor fez boa jogada pela direita, cruzou e encontrou Pitbull completamente sem marcação. O centroavante não teve nenhum trabalho de empurrar para o gol, levando o torcedor mais uma vez ao delírio e fechando o placar. Nos acréscimos, Vítor ainda perdeu a oportunidade do quinto gol, mas a festança coral já estava garantida após o apito final do árbitro.

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Sobre o autor
Ney Gusmão
Recifense, de Jornalismo e amante do esporte mais popular do mundo.