No dia 15 de Agosto de 2001, Brasil e Paraguai fizeram um grande duelo em Porto Alegre. Com o Estádio Olímpico completamente lotado o duelo teve todos os ingredientes possíveis de uma grande partida, gols, belos lances, provocações e até briga depois do apito final. Quem levou a melhor foi a seleção canarinho, que comandada por Felipão, dava um importante passo rumo a Copa da Coréia e Japão.

O duelo prometia ser tenso, pois Brasil e Paraguai chegavam para o confronto brigando diretamente por uma vaga na competição mais importante do mundo. A seleção paraguaia vinha de uma boa copa do Mundo de 98, que era a sua base ainda em 2001 e chegava na 14ª rodada um ponto á frente da seleção brasileira, nomes como Chilavert, Arce e Roque Santa Cruz eram os mais visados de nossos vizinhos.

Do outro lado a seleção brasileira assim como em toda as Eliminatórias, chegava pressionada por uma vitória, a campanha bem abaixo do esperado assustava os brasileiros que viram sua arque rival, Argentina, simplesmente disparar na liderança. A esperança canarinho caia sobre os pés de Rivaldo, Roberto Carlos e Marcelinho Paraíba, já que o Ronaldo Fenômeno ainda não tinha se recuperado da grave lesão no joelho.

O Jogo:

Precisando dos três pontos, o Brasil simplesmente massacrou o Paraguai nos primeiros minutos e dava a impressão que iria golear a partida. Logo aos quatro minutos de partida Belletti encontra livre Marcelinho Paraíba dentro da área que só escorou de cabeça para abrir o placar. Pouco mais tarde, Rivaldo quase ampliou de falta. Mais tarde, novamente Rivaldo que estava um uma noite inspirada quase marcou de fora da área, mas parou no mito Chilavert.

Após a pressão inicial do Brasil, o Paraguai dominou a partida e assustou o goleiro Marcos em várias oportunidades durante o restante do primeiro tempo e durante parte da segunda etapa. Roque Santa Cruz e Gavilán foram os que mais chegaram perto do gol de empate.

No começo do segundo tempo um lance polêmico gerou muitas reclamações por parte dos paraguaios, após cobrança de escanteio, Rivaldo colocou a mão na bola evitando a cabeçada do atacante do Paraguai, o árbitro da partida, Hellmut Krug, ignorou o lance.

Outro lance que chamou muito a atenção na partida foi na metade da segunda etapa, quando o Paraguai dominava a partida, Roberto Carlos chutou de fora da área, o goleiro Chilavert pegou com estrema facilidade e fez sinal com a mão dizendo que não para Roberto Carlos que respondeu com um sinal de afirmativo.

O gol que tirou o Brasil do sufoco saiu logo mais tarde a provocação do goleiro paraguaio, Denílson driblou o zagueiro paraguaio dentro da área e colocou na cabeça de Rivaldo para liquidar a fatura. Chilavert e Roberto Carlos prosseguiram com provocações, inclusive após o apito final, quando Chilavert cuspiu em Roberto Carlos e na entrevista pós jogo, confirmou que fez isso.

Tanto Brasil como Paraguai se classificaram para a Copa de 2002, e lá todos nós brasileiros sabemos direitinho da história que foi escrita por lá.