Em meio a crise institucional no Clube, Tribunal de Justiça de Minas Gerais determinou na noite desta quarta-feira (10), o afastamento imediato de Itair Machado da vice-presidência de futebol do Cruzeiro, por 60 dias. O afastamento faz parte de ação cível movida por conselheiros e sócios do clube.

O documento assinado pelo juiz Octávio de Almeida Neves, da 12ª Câmara Civil de Belo Horizonte, diz: "defiro a tutela de evidência recursal e afasto imediatamente o agravado Itair Machado de Souza do cargo de Vice-Presidente de Futebol do Cruzeiro Esporte Clube". De acordo com a decisão do juiz relator, o ex-dirigente está "impedido de praticar quaisquer atos de gestão inerentes à função no comando do Cruzeiro e de se valer dos poderes outorgados a ele no instrumento de procuração firmado pelo clube".

Há seis dias, a justiça havia indeferido o pedido de afastamento do vice-presidente, feito por um grupo de 31 pessoas, entre sócios e conselheiros. O grupo de associados e conselheiros do Cruzeiro entraram com ação por conta dos R$ 4 milhões que o vice-presidente de futebol recebeu em remuneração do Cruzeiro no último ano, além série de irregularidades.

O dirigente é um dos principais nomes à frente da gestão de Wagner Pires de Sá, presidente do time estrelado. Itair Machado foi visto hoje na Toca da Raposa II. Ele poderá recorrer da decisão liminar na Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais composta por três desembargadores. Para retornar ao cargo, o dirigente terá que ter parecer favorável dos outros dois. Do contrário, seguirá afastado até julgamento do mérito.

A decisão vem na véspera do clássico com o Atlético-MG pelo jogo de ida das quartas de final da Copa do Brasil, nesta quinta-feira, às 20h, no Mineirão.

Nota à imprensa

Por meio do seu site oficial, o Cruzeiro informou que está ciente do afastamento, contudo, irá recorrer da sentença.

"O Cruzeiro Esporte Clube vem a público informar que tomou conhecimento da decisão judicial que determina o afastamento do Vice-presidente de Futebol, Itair Machado de Souza, das suas funções, e que tomará as medidas administrativas e jurídicas que o caso requer".

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