Após ser derrotado no Heriberto Hülse nesta última quarta-feira (21), pelo arquirrival Avaí, o Criciúma pela primeira vez em sua história está oficialmente rebaixado à segunda divisão catarinense. Já diante da nova realidade, o Tigre que tem a série C pela frente na temporada, terá de se reinventar para superar o baque no estadual.
Dentro deste cenário, de forma exclusiva Nícola Martins - Vereador e ex Presidente da Fundação Municipal da Esportes de Criciúma - fala sobre os impactos negativos deste rebaixamento e suas expectativas para o futuro do clube.
A queda
Ao fim do apito de Rafael Traci, o gol convertido em penalidade do lateral esquerdo Diego Renan só confirmou a tendência que a torcida e cidade de Criciúma já imaginava. Somando apenas 8 pontos em 11 partidas, estando na frente somente do Metropolitano, o Tigre pela primeira vez em seus 73 anos caía de divisão no estadual catarinense.
Nícola que de forma otimista, crê na recuperação do seu time, fala sobre como o rebaixamento impactou na cidade de Criciúma.
"A cidade está arrasada, sem dúvidas. O Criciúma faz pulsar a cidade e fazendo um mapeando a gente sabe o quão é importante para hotéis, comércio, setores de alimentação e outros mais, que o time esteja bem. Acredito que o time possa se reerguer, passamos por um momento tão difícil como, no fim da década de 2000, quase fechando as portas, mas reerguemos e agora não será diferente", aponta o Vereador.
Crítico à gestão anterior, na Era Jaime Dal Farra (2015-2020), Nícola defende uma reestruturação no clube.
"Foi uma sucessão de erros da gestão anterior. O comando atual (do Presidente Anselmo Freitas) tem pouca culpa e estão buscando o reencontro com a identidade real do Criciúma. Nós representamos uma cidade de 500 mil habitantes e a falta de investimentos e apoio para a diretoria atual é fruto do desencontro de gestões anteriores que só focaram no lucro e não em resultado", destaca Nícola.
Recomeço
Próximo do aniversário, que será no dia 13 de maio, o Criciúma Esporte Clube terá pela frente a Série C do brasileirão. Tricampeão nacional, com os títulos da Copa do Brasil (1996), Série B (2002) e Série C (2006), o Tigre terá de se reestruturar, conforme estima Nícola Martins.
"O momento é de união, de reestruturação de conceito no Criciúma Esporte Clube. Precisa de dinheiro? Claro. Mas precisa de mais do que dinheiro, de apoio regional. Dos empresários reconhecerem a importância do Criciúma no processo de desenvolvimento local e regional".
"Acredito em uma Série C do Brasileirão positiva, já dando passos para essa reestruturação. Não pode fazer loucura, mas se classificar ou até mesmo subir para a Série B nacional já é outro ânimo. A Série B do Catarinense do ano que é uma obrigação, sem dúvidas. Acredito que vamos reerguer", finaliza.
Portanto, agora o Criciúma terá de se preparar para o início do campeonato brasileiro, previsto para o fim de maio. No grupo B da competição, a equipe estreará em casa, diante do Ituano-SP.