De seis jogos, foram quatro empates. A campanha do Canadá no futebol feminino dos Jogos Olímpicos de Tokyo, é bem verdade, passou longe de encher os olhos. A medalha de ouro, entretanto, veio. Nesta sexta-feira (06), contra a Suécia, no Nissan Stadium, as canadeses empataram mais uma vez e conquistaram a primeira colocação no torneio nas disputas de pênaltis.

Jogando no 4-2-3-1 de Peter Gerhardsson, o Time Suécia teve vantagem nas estatísticas: 51% de posse de bola e dezesseis finalizações totais a gol (contra nove das adversárias), acertando quatro delas. No 4-3-1-2 de Beverly Priestman, o Time Canadá concluíram dois chutes certos a gol.

Vice-campeãs do Pré-Olímpico da Concacaf, as canadenses foram segundas colocadas no Grupo E, atrás da Grã-Bretanha e à frente de Japão e Chile. Nas fases eliminatórias, tiraram o Brasil e os Estados Unidos da competição.

Classificadas após a boa campanha na Copa do Mundo 2019, a Suécia venceu o Grupo G, à frente de Estados Unidos, Austrália e Nova Zelândia, eliminando Japão e Austrália no mata-mata.

Equilíbrio dourado

A primeira boa chance veio das suecas. Aos nove minutos, Sofia Jakobsson cruzou da direita e Magdalena Eriksson finalizou à esquerda da meta defendida por Stephanie Labbe. A chance inicial canadense veio aos catorze: Nichelle Prince fez boa jogada individual pela esquerda e cruzou mal; dois minutos depois, Fridolina Rolfo avançou pela esquerda e chutou nas mãos de Labbe. Aos vinte, Rebecca Quinn serviu Prince e ela finalizou à direita da meta sueca. Com 28, depois de bom cruzamento de Rolfo, Sofia Jakobsson cabeceou e obrigou a goleira canadense a outra boa defesa. Aos 34, o primeiro gol da partida: Kosovare Asllani cruzou da esquerda e Stina Blackstenius chutou bonito, de primeira, para colocar a Suécia na frente. 

Precisando do resultado, o Canadá saiu para o jogo na segunda etapa. Aos dezoito minutos, Christine Sinclair adentrou a área e foi derrubada por Amanda Ilestedt. Após checagem do VAR, o pênalti foi confirmado. Jessie Fleming cobrou no canto direito e alto, sem chances de defesa para Hedvig Lindahl. As norte-americanas cresceram na partida: com 23 minutos, Ashley Lawrence tentou aproveitar saída ruim do gol de Lindahl e não conseguiu; segundos depois, Fleming chutou por cima da meta. Aos 33, Rolfo desceu pela esquerda e chutou forte, mas à direita do gol canadense. No final do tempo regulamentar, mais emoção: com 43, Asllani arrematou de fora da área por cima do gol; aos 46, Fleming finalizou cruzamento de Lawrence muito alto.

A prorrogação teve boas chances. Logo aos dois minutos do primeiro tempo, Deanne Rose recebeu de Lawrence e chutou à direita de Lindahl; dois minutos depois, Julia Grosso chutou à direita da meta sueca. Aos doze, Jonna Andersson chutou forte, mas alto. Na segunda etapa prorrogativa, Rose cruzou na medida para Jordyn Huitema, que cabeceou à esquerda. A Suécia pressionou no final: aos dez, Hanna Bennison chutou muito alto; aos doze, Andersson cruzou fechado demais e exigiu intervenção do sistema defensivo canadense; e, aos treze, Olivia Schough cruzou da direita e Lina Hurtig cabeceou à esquerda.

A Suécia cobrou a primeira penalidade. Asllani chutou na trave, seguida de conversões de Fleming e Nathalie Bjorn. O primeiro erro canadense veio com Lawrence, que chutou no canto direito e viu Lindahl defender. Schough colocou as suecas na frente, mas Vanessa Gilles, Anna Anvegard, Adriana Leon e Caroline Seger erraram. Rose converteu, Andersson errou e Julia Grosso marcou o gol do ouro olímpico canadense em Tokyo 2020.