No futebol é comum atletas se lesionarem. Seja por questão física devido a lesões musculares, seja por pancadas, por fraturas e tudo mais. Entretanto, justamente por isso os clubes montam todo um elenco e não apenas um time titular. No caso do Confiança, não houve um elenco montado por completo até aqui.

Saídas sem reposição

Desde as saídas de João Paulo e Lucas Sampaio, laterais esquerdos presentes no elenco azulino na Série B em 2021, apenas Danilo Silvafoi contratado. E, apesar de ser bom jogador e corresponder quando joga, o atleta vem passando por seguidos problemas de lesão. Devido a ausência de um reserva outros jogadores vem sendo improvisados no setor. Casos de Éverton Santos e Alyson.

Aí vem outro questionamento: Além de tudo, é justo que outros atletas sejam “sacrificados” para preencher uma lacuna deixada pela diretoria? Creio que, por unanimidade, a resposta seja não. Principalmente se falarmos de Éverton Santos, carinhosamente apelidado de “Vertinho” pelo torcedor e com história gigante no clube atuando no meio-campo.

Com uma análise rápida dava para ver o problema e se antecipar a ele. Nas redes sociais os torcedores já comentavam sobre. Inclusive eu mesmo participei de uma live na página “Proletário News” junto dos colegas de profissão Victor Cardeal e Lucas Matheus e comentamos sobre isso, que era algo preocupante. Só não imaginávamos que tão precocemente o desastre acontecesse.

Para a disputa da Série C até é compreensível que jogadores cheguem e saiam durante o período de finalização do Campeonato Sergipano e início da competição nacional. O que não tem explicação é a ausência da contratação de um reserva ainda para a disputa do estadual. Pior ainda se pensarmos que já se passaram cinco partidas e o titular esteve disponível em apenas duas oportunidades, sofrendo com lesão em ambas inclusive.

Para um clube que teve uma temporada desastrosa coroada com um rebaixamento para a Série C do Brasileirão, a diretoria já poderia e deveria ter aprendido com erros cometidos em 2021. Mas, ao que parece, os mesmos erros vem sendo repetidos, coincidentemente ou não o desempenho vem sendo abaixo e a preocupação do torcedor em relação ao segundo semestre vem crescendo.

Para os mais otimistas o argumento de que “ainda está muito cedo” pode surgir. Mas, o fato é que os mesmos erros vem acontecendo – inclusive recentemente publiquei um texto que falava sobre a ausência de um volante marcador no elenco - e quando cair na real pode ser tarde demais, assim como foi em 2021.