Nesta sexta-feira (18), a Confederação Brasileira de Futebol de Salão (CBFS) anunciou que Ney Pereira, bem como todo os membros da comissão técnica do treinador, não trabalhariam mais junto a seleção brasileira. A decisão pela confederação é tomada em meio a um momento conturbado e de reformulação, visto que, no mês passado, Aécio Borbas Vasconcellos renunciou ao cargo de presidente e Renan Tavares, responsável por assumir tal condição, vem buscando realizar algumas mudanças visando uma reformulação tanto na entidade como na seleção, dado que alguns atletas, incluindo o ala Falcão, afirmaram não defender mais o selecionado nacional diante do panorama atual.

Junto a Ney, quem também acabou demitido da seleção foi o ex-jogador Manoel Tobias. Um dos mais importantes jogadores da história do futsal brasileiro, Tobias exercia a função de auxiliar técnico da seleção principal, além de ser treinador da seleção brasileira feminina, deixando agora os dois cargos vagos.

Diante de tantas mudanças, Renan Tavares, atual presidente da CBFS, se prontificou apenas trabalhando com o fato de que tais atos, assim como a demissão de Edson Nogueira, que era diretor de seleções da confederação, tomados com o intuito de amenizar o clima atual dentro do futsal brasileiro e com os jogadores, muito deles responsáveis por conquistarem o Campeonato Mundial da modalidade em 2012.

"Tomamos esta atitude dentro dos planos que traçamos para o futsal. Queremos resgatar o clima harmonioso que sempre existiu, principalmente com os atletas heptacampeões do mundo", afirmou Tavares.

Ney Pereira ocupava o cargo de treinador da seleção de futsal desde o início de 2013 e levou a seleção ao título do Grand Prix e do Circuito Sul-Americano. Em 2014, comandou a seleção no vice-campeonato da Copa das Nações, quando foi derrotado pela Argentina na final do torneio.