
O raquetebol é uma modalidade muito pouco conhecida. No entanto, a competitividade entre os participantes é grande. Embora o esporte não faça parte do quadro das modalidades dos Jogos Olímpicos, é presença constante nas últimas edições dos Jogos Pan-Americanos.
No ano de 2015 não será diferente. Em Toronto, uma das principais cidades do Canadá e sede dos jogos, o raquetebol estará mais uma vez presente. No Guia VAVEL dos Jogos Pan-Americanos 2015, saiba um pouco mais sobre como o esporte é jogado, a história nos Pans, e os principais países da competição.
Raquetebol: variação do tênis e do squash
O raquetebol foi criado em 1968 por Bob Klender, um professor de tênis e squash, esportes semelhantes. Em terras brasileiras, o esporte chegou em 1985, quando a primeira quadra foi inaugurada no clube A Hebraica, em São Paulo. Desde então, o clube é o único espaço no país para a modalidade. Logo, esse é um dos principais motivos para a pouca visibilidade e enorme desconhecimento nacional.
O raquetebol é praticado em uma quadra de 13,2 m de comprimento por 6,6 m de altura. Os jogadores ficam de frente para a parede, e alternam saques com uma raquete amarrada ao pulso para não escapar da mão. Os atletas também usam óculos de acrílico para se protegerem de boladas. Como pontos de impacto, o teto e as paredes laterais podem ser utilizados como pontos de impacto da bola. A bola não pode bater no chão duas vezes. O vencedor do confronto será o competidor que vencer dois sets de 15 pontos.
História do raquetebol no Pan e árduo esforço pelos brasileiros
Em 17 edições dos Jogos Pan-Americanos, o raquetebol esteve presente em seis. Desde as competições realizadas na cidade argentina de Mar del Plata, no ano de 1995, a modalidade está inserida no grupo, curiosamente, no momento em que houve um inchaço na quantidade de esportes.
De lá para cá, não houve nenhum movimento favorável para a inserção do esporte nas Olimpíadas. Entretanto, isso não desanimou os adeptos do esporte. No Brasil, por exemplo, é algo praticamente desconhecido da maioria da população. Para se ter uma ideia, o raquetebol não tem federação em terras tupiniquins. Por isso, os atletas interessados em disputar a competição precisam arcar com as próprias despesas (viagem, alimentação e outras despesas rotineiras).
“É um esporte que, no Brasil, se não me engano, tem duas quadras no país inteiro. Uma na Hebraica, em São Paulo, e outra em Ribeirão Preto, que está desativada. É tudo o que se tem. É um esporte pouco divulgado, pouco visto por patrocinadores, cada jogador se banca. Quem tem dinheiro para viajar vai lá representar o Brasil da melhor forma possível”, explicou Alexandre Kublikowski, ex-jogador da seleção brasileira de raquetebol.
No Pan-Americano 2011, domínio mexicano no raquetebol
Nos jogos sediados em Guadalajara, México, o raquetebol foi disputado entre os dias 17 e 25 de outubro. No Complexo de Raquetebol foram disputados jogos nas chaves simples e duplas, com equipes masculinas e femininas. Foram 61 atletas de 12 países que foram em busca das medalhas. Os países da América do Norte (Canadá, México e Estados Unidos) levaram mais atletas, oito cada país.
Em todas as chaves, o México, país da casa nesta competição, disputou todas as finais e teve um desempenho altamente considerável. Com medalhas de ouro no individual feminino, duplas masculino e feminino e nas equipes masculina e feminina, o país foi o grande vencedor do raquetebol nos Jogos Pan-Americanos de 2011.
Posição | País | Ouro | Prata | Bronze | Total |
1 | México | 5 | 1 | 1 | 7 |
2 | Estados Unidos | 1 | 4 | 2 | 7 |
3 | Venezuela | 1 | 1 | ||
4 | Equador | 3 | 3 | ||
5 | Bolívia | 2 | 2 | ||
Canadá | 2 | 2 | |||
7 | Chile | 1 | 1 | ||
Colômbia | 1 | 1 | |||
TOTAL | 6 | 6 | 12 | 24 |
