Em toda Olimpíada os meios de comunicação fazem uma tabela demonstrando os países que estão no topo do ranking, mesmo sendo algo apenas para contagem das medalhas, já que não há uma disputa verdadeira pela primeira posição.

Geralmente, os Estados Unidos dominam as competições, mas um atleta em especial tem contribuído de forma espetacular com a quantia americana. Trata-se de Michael Phelps, nadador e simplesmente o maior medalhista da história dos Jogos Olímpicos. São impressionantes 22 medalhas, sendo 18 de ouro. 

Se contabilizarmos Phelps apenas como uma nação, ele sozinho teria mais medalhas do que muitos países em toda a história das competições. E ele está confirmado para a disputa da natação no Rio de Janeiro, em agosto desse ano, na primeira Olimpíada da América do Sul. O gigante aumentará seu recorde?

Carreira

Nascido em Baltimore no dia 30 de junho de 1985, Phelps marcou seu nome na galeria de nomes notáveis da história do esporte mundial, ao lado de lendas como Ayrton Senna, Pelé, Muhammad Ali, Michael Jordan, Roger Federer e Usain Bolt. Só o fato de ser o maior medalhista de todos os tempos já o faz ser alguém além de seu tempo.

O nadador quebrou outros recordes, além da quantidade de medalhas. No total, foram 37 recordes mundiais nas piscinas, além de ter quebrado a marca do compatriota Mark Spitz como maior medalhista de ouro numa mesma edição olímpica (oito em Pequim-08). Na última competição olímpica, em Londres-12, Michael tornou-se o primeiro nadador do mundo a conquistar o titulo olímpico, três vezes consecutivas na mesma especialidade a nível individual, feito que já tinha realizado em prova coletiva, quebrando assim, todos os recordes possíveis na piscina.

Diagnosticado com Transtorno do déficit de atenção com hipertividade (TDHA), buscou na natação uma forma de gasta sua energia. A evolução foi gigante e logo foi quebrando seus primeiros recordes, ainda na juventude. E aos 15 anos esteve em Sidney, para sua primeira olimpíada. Logo após o torneio, quebrou o primeiro recorde, ainda com 15 anos, no estilo borboleta. Era o início da monstruosidade que o mundo conhece hoje.

22 medalhas

Se em Sidney o adolescente Phelps teve um quinto lugar como maior premiação, foi quatro anos depois que seu peito foi enchendo de medalhas. Em Atenas, no berço das competições, que o nadador começou a chocar o mundo. Classificado para as oito finais que concorreu, se viu já com chance de quebrar a marca de Spitz, vencedor de sete ouros numa mesma edição.

Mas Phelps passou perto. Foram seis douradas e dois bronzes. O gosto amargo do recorde precisou ser adiado por mais quatro anos. No intervalo entre 2004 e 2008, mundiais, torneios e tudo quanto era competições que envolvesse o americano na disputa não tinha nem conversa. Era domínio total. Um monopólio das águas mundiais.

E então 2008 chegou. Pequim. Nada como o país mais populoso do mundo para coroar a consagração de Michael Phelps nos esportes. Determinado e no auge de sua forma, ele foi quebrando recordes ainda nas eliminatórias, mostrando que não estava para brincadeira. Foram oito finais e oito títulos. Recorde de medalhas numa mesma edição, superando Mark Spitz. O gigante americano quase não tinha braço para segurar suas medalhas.

Em Londres, a grande estrela da natação disputou apenas para poder ser o maior de todos os tempos dentre todos os esportes. Phelps superou as 20 medalhas em quatro olimpíadas, além de ser o único tri tri-campeão, dominando as modalidadas 4x200 livre, 200 medley e 100 borboleta. 

Expectativa para o Rio 2016

Phelps não tinha a competição no Rio de Janeiro nos planos após os Jogos de Londres. Mas durante os anos foi mudando de ideia até para apagar o que chamou de "má impressão", após poucas medalhas conquistadas em 2012.

Ainda assim, o nadador precisou correr atrás do tempo e só se garantiu no fim de junho para os 200m borboleta, após concorrida seletiva nos Estados Unidos. Sua classificação lhe dá o feito de único integrante masculino a representar o país por cinco olimpídas seguidas. O nadador não esconde o desejo de se aposentar após a competição.

Já com 31 anos, Phelps chega com o peso de astro que é, mas sabedor de que dificilmente conseguirá algo. A concorrência vem pesada e, apesar de sua enorme qualidade, não apresenta a mesma explosão e físico de anos passados. Uma subida ao pódio já lhe garante um final de carreira tranquilo e sem peso na mente, se é que podemos dizer que um atleta de seu nível tem.

A torcida carioca certamente lotará o parque aquático para acompanhar a lenda nas águas brasileiras. A honra de receber e ter o maior medalhista de todos os tempos supera qualquer resultado que pode vir a acontecer. Curta seus jogos, Phelps. Se tem uma coisa que você entende isso é Olimpíada!