O Brasil deu adeus à luta por medalhas olímpicas no Polo Aquático. Ontem, no feminino, e hoje, após a derrota por 10 a 6 para a Croácia, no masculino. Após sair na frente, o Brasil deixou o ritmo cair e não conseguiu acompanhar a seleção adversária. No fim, mesmo com a expulsão de um croata por quatro minutos por atitude agressiva, os brasileiros não conseguiram encostar no placar e foram derrotados.

A Seleção agora, a exemplo da feminina, disputará a decisão de quinto a oitavo, uma forma de manter os atletas que já não mais disputam as primeiras posições, em atividade até o fim da competição. Já a Croácia, atual campeã na modalidade, pegará Montenegro, que vem fazendo ótima campanha no torneio.

Brasil começa bem, abre placar, mas superioridade e experiência croatas falam mais alto

Após a eliminação, ontem, da Seleção Feminina, diante dos Estados Unidos, apenas os homens poderiam sair com medalha no Polo Aquático. O fato de enfrentarem uma Seleção Campeã Olímpica em Londres 2012 não parecia afetar os brasileiros, que logo no primeiro minuto, partiram para cima e abriram o placar.

O empate da Croácia veio em seguida, quando os europeus já jogavam melhor. Consequentemente, a virada, em sequência, colocando a Croácia na frente, e com o controle de jogo, estratégia que parece ter sido planejada previamente.

Uma vez na frente, os adversários brasileiros começaram a administrar a vantagem, que crescia a cada ataque, chegando, no fim do segundo quarto, a quatro gols de diferença. Os brasileiros tentavam, mas mesmo em situações de “6 - 5”, que é quando um atleta adversário é excluído por vinte segundos, após cometer falta grave, não conseguiam marcar.

Croatas abrem vantagem no segundo tempo e confirmam vitória; mesmo com um jogador a mais por quatro minutos, Brasil não consegue se aproximar

No terceiro quarto, mesmo com a vantagem grande para os adversários, os brasileiros partiram para cima e tentaram marcar. Com passes rápidos, para os lados, buscando uma boa posição, o ataque brasileiro se mantinha com paciência. Em várias oportunidades, aproveitando o tempo a favor no cronometro, o ataque durava quase trinta segundos e, quando o chute era bloqueado, a seleção aproveitava mais 30.

Curiosamente, no de jogo mais equilibrado, nenhuma das duas equipes conseguiu, ao menos, um gol com bola em jogo. Apenas no fim, quando em uma disputa áspera pela bola, um atleta croata agrediu o brasileiro. A arbitragem marcou penalidade máxima, além de expulsar o jogador. Felipe Perrone marcou para o Brasil, no melhor momento da equipe, reduzindo a vantagem para dois gols e mantendo as esperanças brasileiras, já que no último quarto, a Croácia atuaria com um homem a menos na piscina por quatro minutos.

No quarto período de jogo, mesmo com a vantagem numérica, o Brasil seguia com dificuldades para marcar gols. A Croácia se segurava como podia na defesa, e com a posse de bola, queimava os 30 segundos, claramente fazendo o tempo passar, para que a desvantagem numérica acabasse. Mas em um destes ataques, dois brasileiros cometeram faltas graves, em sequência, deixando a piscina por vinte segundos, cada um. A vantagem se tornou desvantagem e, como em um passe de mágica, a Croácia marcou mais dois gols.

Quando os atletas brasileiros retornaram para o jogo, a Croácia já havia sido autorizada a colocar mais um atleta, na vaga do expulso, no fim do terceiro tempo, deixando as equipes então, com igualdade de atletas. Agora, no “6 – 6”, ficava mais difícil para os brasileiros, tirarem os quatro gols de desvantagem no placar, construídos mesmo com um atleta a menos para os europeus. Fim de jogo e despedida brasileira da disputa por medalhas na modalidade. 10 a 6.

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