O Super Bowl LI apresentará duelos que vão além da disputa por território em campo. Se o confronto entre Tom Brady e Matt Ryan virou grande atrativo para a final da NFL, outro embate será interessante e promete ótimas jogadas. Com dezoito anos de diferença, Bil Belichick e Dan Quinn medem forças e opõe experiência e juventude na decisão da liga.

De um lado, Bill Belichick carrega 26 anos de uma carreira incrível, sendo 17 comandando o vitorioso New England Patriots. Do outro, Dan Quinn começou a treinar linhas defensivas há 24 anos, mas foi apenas em 2015 que o Atlanta Falcons deu ao técnico a posição de head coach. 

Novato, mas atenção com Dan Quinn

(Foto: Scott Cunningham/Getty Images)
(Foto: Scott Cunningham/Getty Images)

Se até 2015 o Atlanta Falcons ainda vivia cercado por desconfiança, a chegada de Dan Quinn como treinador principal ajudou na grande mudança de postura da franquia. Se o concorrente no Super Bowl já tem reconhecimento garantido, uma vitória de Quinn poderia tirar o HC do posto de apenas mais uma promessa no cargo mais importante do comando técnico. Com a confiança de Arthur Blank, dono da franquia, ele mostrou que o novo pode ser sim uma ótima opção.

Mesmo sendo anteriormente coordenador defensivo, Quinn tem se destacado principalmente pelo forte poder no ataque. Apesar de novato na função de head coach, Dan se destaca por representar exatamente a nova geração de treinadores, modernizando os conceitos da NFL.

Os números da atual temporada falam sozinhos sobre como o comando técnico tem feito grande diferença para o Falcons. No ataque, um grade desempenho guiado por Matt Ryan. Já na defesa, Quinn poderá encontrar problemas contra Tom Brady, um teste para a habilidade de coordenador defensivo que o treinador acumula.

Ataque

Jardas aéreas: 4.725 (3º)
Jardas terrestres: 1.928 (5º)
Touchdowns: 58 (1º)
Pontos por jogo: 33.8 (1º)
Turnovers: 11 (1º)

Defesa

Jardas aéreas cedidas: 4.267 (28º)
Jardas terrestres cedidas: 1.672 (17º)
Pontos por jogo: 25.4 (27º)
Turnover forçados: 22 (16º)

A genialidade de Bil Belichick

(Foto: Christian Petersen/Getty Images)
(Foto: Christian Petersen/Getty Images)

Para o New England Patriots, a ida ao Super Bowl não é novidade. Com mais de vinte jogadores já tendo vivido a experiência, sendo Bil Belichick um dos grandes responsáveis por isso e levando o Pats à final por sete vezes, a franquia é sempre grande favorita.

Os dezessete anos de comando deixam o head coach em posição bem favorável em relação ao adversário. Com o jogo ofensivo forte mesmo sofrendo com ausências ao longo da temporada, a maior dificuldade de Belichick sem dúvidas é nesse setor. Mesmo assim, contar com a melhor defesa da Liga fará muita diferença.

O treinador é conhecido por reverter os cenários mais improváveis e encantar os torcedores dos Pats. Se alguém duvidava do estilo antigo de jogo feito por Belichick, a dinastia criada por ele e Tom Brady nos últimos anos mostra que o HC ainda pode fazer muito mais.

Ataque

Jardas aéreas: 4.308 (4º)
Jardas terrestres: 1.872 (7º)
Touchdowns: 51 (3º)
Pontos por jogo: 27.6 (3º)
Turnovers: 11 (1º)

Defesa

Jardas aéreas cedidas: 3.806 (12º)
Jardas terrestres cedidas: 1.417 (3º)
Pontos por jogo: 15.6 (1º)
Turnover forçados: 23 (14º)

Treinadores já se enfrentaram antes; Belichick levou a melhor

(Foto: Jamie Squire/Getty Images)
(Foto: Jamie Squire/Getty Images)

Os dois já se enfrentaram em um Super Bowl antes, mas em situação diferente. Como coordenador defensivo do Seattle Seahawks, Dan Quinn viu sua equipe dominar três quartos da grande decisão há dois anos e chegar muito perto de levar a taça. Porém, a parceria entre Tom Brady e Belichick mostrou-se essencial e a grande virada aconteceu, colocando New England no topo da Liga mais uma vez.

Para Quinn, essa será a terceira decisão da NFL na carreira. Além da derrota para o Patriots, o HC venceu quando ainda era coordenador defensivo pelo Seahawks em 2013, quando bateu o Denver Broncos por 43 a 8.

Já Belichick chegou na final em seis oportunidades anteriores, conseguindo levantar a taça em quarto (2001, 2003, 2004 e 2014). O treinador, entretanto, falhou em duas decisões, ambas diante do New York Giants, em 2007 e 2011.