A formação do grid de largada para as 500 Milhas de Indianápolis de 2014 já entrou para a história. Mesmo não tendo alguém que chegasse perto do recorde estabelecido por Arie Luyendyk, em 1996, os tempos e as altas velocidades registradas neste domingo (18) transformaram-se no grupo mais rápido de todos os tempos da lendária corrida.

A média de velocidade dos 33 pilotos que largam na prova do domingo que vem foi de 229.382 mph (368,461 km/h), superando a marca anterior de 2002, quando os participantes marcaram 228,648 mph (367,894 km/h).

O mais rápido foi Ed Carpenter, que sai na pole-position, mas o segundo na lista é Juan Pablo Montoya, que larga apenas em décimo — houve uma divisão na classificação. O mais lento foi Buddy Lazier, algo que já era esperado.

De quebra, a diferença de Carpenter para Lazier, 2s150, também é a menor da história. Em 2011, o grid até então mais apertado tinha como diferença 2s539.

Como americano é apegado aos números e estatísticas, segue mais uma: Carpenter tornou-se o 11º piloto da história a ter conseguido duas poles seguidas em Indianápolis.

Novo formato da classificação da Indy 500 estressa pilotos: “É muita espera”

Em busca de emoção e para garantir o show na disputa da pole para as 500 Milhas de Indianápolis, a direção da IndyCar implantou um novo sistema de classificação em 2014. A definição das posições de largada levou dois dias, e o dono da colocação de honra do grid surgiu apenas no domingo. Ed Carpenter foi o nome que apareceu no topo da tabela.

O novo formato, entretanto, não caiu tanto nas graças da maioria dos pilotos, que achou a briga por um lugar na famosa corrida bastante “tensa e estressante”. Apesar de intenso, os competidores entenderam que o sistema agrada mais ao torcedor.

“Foi tenso. Tive de prender o fôlego por seis horas quase. Fiz três ou quatro tentativas no sábado. Depois veio o domingo. Só o que quero agora é ir para a cama, porque foi realmente estressante”, disse Simon Pagenaud, quinto colocado no grid. "Mas acho que foi legal para o público, que se divertiu aqui hoje (ontem)", completou.

Opinião semelhante tiveram os companheiros de Penske, Will Power (3º), Helio Castroneves (4º) e Juan Pablo Montoya (décimo). “Eu acho que a classificação foi um sucesso. Tivemos dois dias de um bom público na pista, mas para o piloto foi muito estressante. Foram dois dias intensos, de muito trabalho e um enorme estresse por essas quatro voltas”, afirmou Power.

“Foi bem estressante, sim”, declarou Castroneves ao portal Grande Prêmio. “Primeiro de tudo, eu sempre fui a favor de um dia só, e se tiver de ter o segundo dia, não terminar tão cedo e prolongar um pouco mais. Eu sou um cara tradicional, gosto de como era antigamente: ou tira seu tempo ou fica contente com o que tem. Tem de ter um pouco mais de risco. Eu tive três tentativas porque era seguro, meu tempo estava lá; quando você tira o seu, aí é que fica diferente”, acrescentou.

Montoya foi na mesma linha do parceiro de equipe. “É ótimo para o público, sem dúvida, mas muito tenso para os pilotos. De qualquer forma, acho que todos conseguiram se adaptar rápido”, explicou.