Há doze anos, no Estádio da Paz e da Amizade em Atenas acontecia a final dos Jogos Olímpicos entre Itália e Brasil. Esta decisão se repetirá neste domingo (21) pela Rio 2016 e traz boas lembranças a seleção brasileira. O ano de 2004 ficou marcado como a última medalha de ouro conquistada pelo vôlei masculino em Olimpíadas.

Naquela quadra estavam grandes nomes do nosso voleibol. Atletas como Nalbert, Dante, Serginho, Gustavo Endres, Ricardinho, Giovane, Gilberto, André Heller, Maurício Lima, André Nascimento, Anderson e Rodrigão honravam a camisa canarinho. Que comandados pelo técnico Bernardinho só sonhavam com o ouro olímpico.

O ciclo olímpico começou com a chegada do técnico Bernardo Rezende, em 2001. A partir deste momento iniciou a Era Bernardinho na linha do tempo do vôlei brasileiro. O comandante veio com uma grande responsabilidade, melhorar as campanhas masculinas de Atlanta, 1996 e Sydney em 2000.

Uma conquista pessoal para o ex-levantador que ficou com a prata na edição de Los Angeles, 1984, seria o ouro para o grupo formado por ele. Um prêmio coletivo à seleção campeã de tudo: Campeonato Mundial, Copa do Mundo e Liga Mundial, o que faltava era a conquista da charmosa Olimpíada.

Foi em um domingo, na Grécia, que o Brasil se tornou a potência moderna do vôlei masculino. A conquista do título olímpico consagrou o início de um período vitorioso e de representação mundial. Seleção brasileira de vôlei e o técnico Bernardinho são complementares, o treinador conquistou no ciclo olímpico de Atenas, 12 títulos dos 15 campeonatos disputados.

Pessoa vitoriosa, essa é a definição do estressado e agitado técnico brasileiro que havia conquistado o bronze nas edições olímpicas de Atlanta e Sydney com o vôlei feminino. A partir de 2001, no vôlei masculino, ele seguiu seu trabalho com um grupo de alta qualidade técnica e talento para o esporte.

Nestes Jogos Olímpicos históricos para o Brasil, o conjunto e o equilíbrio conduziram o caminho ao pódio. Um time com doze titulares, em quadra, era gigante. As classificações nas fases olímpicas fizeram Brasil e Itália se encontrarem na final de 2004. No mesmo ano, a seleção brasileira havia conquistado o título da Liga Mundial sobre a Azzurra.

Contudo, dessa vez era diferente. Em quadra estava sendo disputada a inédita medalha dourada do Brasil. Pela chave B, fase inicial olímpica, a nossa seleção havia vencido a Itália em um jogo difícil por 3 a 2. Com um melhor conhecimento sobre o adversário, a comissão técnica preparou o time para ultrapassar o melhor bloqueio dos campeonatos disputados, o italiano. A tática foi optar nas bolas rápidas e infiltradas.

Com um placar de 3 a 1 (25/15, 24/26, 25/20 e 25/22), o feito histórico havia se realizado. O Brasil foi superior em quadra no início do jogo, o então levantador Ricardinho tinha liberdade para variar as jogadas que desenvolvia o Brasil e envolvia a Itália.

Na continuação daquela final, o italiano Sartoretti também quis participar da decisão e forçava o saque que desequilibrava a recepção brasileira. O equilíbrio da partida levava o jogo a fortes emoções. Enquanto o Brasil acreditava nos seus ataques, a Itália pecava nos erros de jogadas. Foi assim que desenhou a marcante conquista olímpica do vôlei nacional masculino.

No Maracanãzinho, neste domingo (21), às 13h15, Brasil e Itália se encontram em uma nova final de Olimpíada e fará muitos se recordarem daquela marcante partida em Atenas, 2004. 

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