Suar, correr, sofrer e esperar por André Silva para resolver. Assim se pode resumir o jogo desta noite no Dragão. O FC Porto voltou a vencer para o campeonato, mas desta vez foi bem mais complicado que em Vila do Conde. 

Moreira e Dankler : Os homens inquebráveis 

Para o jogo desta noite, Nuno Espírito Santo foi obrigado a mexer na equipa. Face às ausências de Evandro, Telles e Depoitre, o técnico portista colocou Otávio, Varela, Corona e Rubén Neves na equipa titular. Do lado do Estoril, Fabiano Soares foi obrigado a colocar em campo o que tinha disponível e a verdade é que em todo o jogo pareceu ser mais do que suficiente. 

O jogo arrancou e desde logo a superioridade dos Dragões acabou por ser notória. André Silva, Layún, Corona, Varela e Rúben Neves tentaram de tudo, mas estava sempre alguém negar o golo que parecia certo no último segundo. Moreira e Dankler foram os "caixa forte" deste muro que cada vez mais pareceu intransponível. 

André Silva não desistiu do golo
André Silva não desistiu do golo

E no meio de tantos cortes e tantas defesas ia mesmo nascendo o golo da equipa da casa. Aos 23', numa tentativa de corte, Dankler faz um cabeceamento que congelou, durante segundos, todos os presentes. A bola foi à barra, voltou a cair e fez passar o susto para uns e a oportunidade para outros. 

Até ao intervalo destaque apenas para o remate de Diogo Amado que permitiu a Casillas uma defesa tranquila. Em boa verdade, foi a única, porque do lado contrário foram mais do que aquelas que se puderam contar. 

Quem espera, sempre tem um André Silva 

A segunda parte arrancava com o mesmo resultado com que começou o primeiro tempo. A superioridade portista era notória, mas a verdade é que a organização defensiva da equipa canarinha também o era. 

Sucediam-se os cantos, sucediam-se as oportunidades e apesar da entrada de Adrian Lopez aos 45' as coisas não mudaram muito. Corona, André Silva e Layún não se cansavam de fazer combinações. O Porto não desistia e o Estoril também não e foram duas as vezes que ainda conseguiram fazer tremer os adeptos presentes, mas em nada comparado com aquilo que obrigaram a fazer correr o quarteto defensivo da equipa de Fabiano Soares. 

O tempo ia passando e a dez minutos dos 90', tudo na mesma. O resultado parecia feito. O Porto não baixava os braços, mas o ritmo de jogo acabava por afectar os 22 homens presentes em campo,  aos 84' tudo mudou. 

Layún tirou do pé o cruzamento perfeito para André Silva aparecer nas costas dos centrais do Estoril e, de cabeça, fazer o 1-0. Estava feito e os 3 pontos estavam garantidos. 

Novo jogo e novo golo para o menino de ouro do FC Porto
Novo jogo e novo golo para o menino de ouro do FC Porto

Resultado justo para os azuis e brancos que nunca desistiram de lutar, mas insatisfatório para a equipa da Linha, que tanto tentou, mas acabou por ver o empate fugir. 

Agora segue-se a semana decisiva para a equipa liderada por Jorge Nuno Pinto da Costa. Terça feira os azuis e brancos vão a Roma discutir a passagem à fase de grupos da Liga dos Campeões e no Domingo visitam o Sporting em Alvalade. Estarão os dragões prontos? Porque moralizados estão de certeza.