Tal como o Benfica certamente mais desejava - poder encerrar as contas do título nacional na sua própria casa perante mais de 64500 adeptos sedentos de glória pela conquista de um inédito tetracampeonato. Com tudo a seu favor, as águias não enjeitaram a oportunidade, e de que maneira, com uma exibição de gala e uma goleada sobre uma das equipas globalmente melhor preparadas da Liga NOS, o Vitória de Guimarães, que no entanto não evitou ‘derrocar’ perante a maré vermelha.

Começou cedo a festa do Benfica que logo aos 11 minutos se adiantou no marcador com uma recarga oportuna de Franco Cervi após boa defesa do guardião Douglas, dando início a um turbilhão de oportunidades de golo numa primeira parte exemplar ao nível do passe curto e colocado, bem longe de outras tardes ou noites menos inspiradas nas quais os protagonistas procuravam praticar bom futebol mas simplesmente não o conseguiam, por um ou outro motivo, fazer. Não foi esse claramente o caso neste fim de tarde na Luz.

Douglas nem conseguiu remar contra a maré 

2-0 não demoraria a chegar e foi conseguido cinco minutos depois num lance objectivo de futebol directo com a colocação de um passe do guarda-redes Ederson para o espaço na retaguarda da defensiva vitoriana, uma reposição colocada de imediato para uma zona onde surgia Raúl Jiménez, uma movimentação legal do atacante que foi mais lesto a reagir do que Douglas e felino no momento de atirar para golo perante um Vitória que parecia atónito e procurava reagir através de velozes rasgos de Moussa Marega, atacante que se encontra cedido pelo FC Porto, que adquiriu o seu passe por uma verba a rondar os 3,8 milhões de euros, aos vimaranenses.

No entanto, o Vitória não conseguia travar o inspirado Benfica que estabeleceu o 3-0 ao minuto 37 tirando proveito de uma bem desenhada tabela entre Jonas e Pizzi, que se isolou perante o guarda-redes contrário para aumentar a vantagem benfiquista numa primeira parte em que foram raras as faltas cometidas de parte a parte e com isso poucos terão denotado a presença do juiz Jorge Sousa.

Pizzi fez um dos 5 golos que deram a vitória ao Benfica
Pizzi fez um dos 5 golos que deram a vitória ao Benfica

Quanto ao treinador do Vit. Guimarães, Pedro Martins, exemplificava um misto de surpresa e impotência ao ver a sua equipa soçobrar e não conseguir evitar o encaixe de mais um golo até ao intervalo, desta feita com Pizzi e Jonas a trocarem de papéis relativamente ao tento anterior com o português a assistir o goleador brasileiro que armou um estético chapéu sobre o desamparado Douglas para lograr o quarto golo.

Tetra com  estilo e direito a goleada 

Quatro golos antes do descanso, que permitiu ao Benfica recarregar baterias para uma segunda parte de festa mas de continuidade num elevado nível futebolístico que apesar de apenas ter proporcionado um golo na conversão de uma grande penalidade que puniu um empurrão de Marega a Cervi e que foi transformada em golo pelo homem do jogo, Jonas, aos 67, nem por isso deixou de contar com novo vendaval atacante da equipa da casa.

O domínio foi evidente por parte da águia que teve uma bola tirada sobre a linha de golo e um remate ao ferro antes de ver confirmada a conquista de mais um Campeonato, o quarto consecutivo para a turma encarnada e o 36º do seu historial.