É o goleador máximo em Portugal e surpresa entre os candidatos à Bota de Ouro. Os números não deixam indiferentes os adeptos de futebol, 31 anos, 31 golos nos 38 encontros realizados, em todas as competições. Jonas já igualou o que fez na época passada, ao serviço do Benfica. Ainda faltam sete jornadas para o fim do campeonato nacional e há uns quartos de final da Liga dos Campeões para jogar.

O brasileiro e o argentino Higuaín já levam 29 golos nos respetivos campeonatos, liderando a corrida à Bota de Ouro, apesar de a vantagem sorrir ao avançado do Benfica que fez o mesmo número de golos que o jogador do Nápoles em menos jornadas (27 contra 30). Horas antes do Boavista-Benfica, Gonzalo Higuaín havia assumido a liderança da Bota de Ouro, depois dos dois golos que marcou ao Génova. Jonas podia não saber dessa situação, mas mesmo assim respondeu à altura, marcando um tento, diante do Boavista, que lhe serviu para reassumir a posição de topo naquela tabela, ainda que agora em igualdade com o dianteiro do Nápoles. Jonas é a grande sensação desta lista e continua a demonstrar que tem condições para lutar pelo primeiro lugar individual até ao fim, enquanto o faz também com o Benfica na Liga.

Higuaín é o outro grande candidato. O argentino continua a levar o Nápoles «às costas» e, com isso, vai recheando a sua conta pessoal de golos, numa «guerra» que terá agora uma pausa de 15 dias antes da fase final. Rui Vitória, treinador do Benfica, abordou após a vitória frente ao Boavista a chamada do avançado Jonas à seleção brasileira, defendendo que o jogador merecia este prémio devido à época fantástica que tem feito. «Chamada de Jonas à seleção? É algo por que qualquer jogador, e fundamentalmente o Jonas, anseia e ao mesmo tempo também o merecia. Nesse sentido, estamos satisfeitos por um jogador ser premiado com esta chamada a uma seleção como a do Brasil. O Jonas tem feito uma época fantástica», disse o técnico em conferência de imprensa.

O treinador dos encarnados falou ainda sobre a exibição de Jonas no Bessa. «Tem qualidade para fazer mais, mas fez o que está na sua essência, que é marcar golos. Acabou por ser decisivo, vai satisfeito até à seleção, vai com mais um golo na sua conta pessoal e vai com mais entusiasmo e motivação para acabar a época em beleza». Toni, ex-jogador do Benfica, encara o regresso de Jonas à seleção do Brasil como um prémio justo pelos golos do avançado. «Jonas tem a compreensão do jogo, a qualidade técnica, o cheiro do golo… Sabe os passos que tem de pisar dentro da área ou quando joga entre linhas e faz os equilíbrios da equipa na ligação ao ataque. Quando se fala de Jonas, fala-se de golo».