Nessa quinta-feira (28), em Zurique, na Suíça, começou o congresso para decidir quem será o próximo presidente da Fifa. Antes do início do congresso, o candidato e atual presidente, Joseph Blatter, fez uma reunião de emergência com os presidentes das confederações de cada continente. Após a reunião, o presidente da Uefa, Michel Platini, que representa o continente europeu, afirmou ter olhado Blatter nos olhos e pedido para ele deixar a Fifa.

Outro ex-craque que se pronunciou foi Luis Figo. O português recentemente desistiu da candidatura para a eleição de presidente da Fifa, que, segundo ele, é apenas um plebiscito para confirmar Blatter. Figo falou que a quarta-feira foi um dos piores dias da história da Fifa. 

Logo na abertura do congresso, Blatter deu entrevista comentando sobre os acontecimentos que abalaram o mundo do futebol no dia anterior, reconhecendo que a situação da Fifa é muito difícil. Ele também falou sobre as consequências que os eventos geraram no futebol, e demonstrou apoio para a punição aos culpados, que, segundo ele, são a minoria. ''Gostaria de expressar que esses que são culpados pela corrupção no futebol são minorias. Eles devem ser responsabilizados por suas ações'', disse.

Os sete dirigentes que foram presos ontem estão em presídios separados e em celas individuais. O dirigente brasileiro, José Maria Marin, foi um dos sete detidos, e, segundo o Ministério da Justiça da Suíça, não apresenta nenhum problema de saúde, apesar de ter um médico a disposição, caso necessário.

Após o afastamento temporário dos dirigentes envolvidos, a Confederação Brasileira de Futebol também afastou Marin da vice-presidência, também de forma temporária. Além do afastamento, José Maria Marin teve o seu nome retirado da fachada na sede da Cbf, no Rio de Janeiro.