Argentina VAVEL

Argentina goleia Bolívia e encerra primeira fase na liderança do Grupo D

Formação mista da Albiceleste construiu fácil vitória no primeiro tempo e teve tranquilidade para vencer frágil adversário; jogo ficou marcado também pela posse de bola argentina na partida de 83%

Argentina goleia Bolívia e encerra primeira fase na liderança do Grupo D
tainanmelo
Por Taynã Melo

A Argentina passeou. Em total ritmo de treino, a Albiceleste venceu muito bem e goleou a Bolívia por 3 a 0. Os gols foram marcados por Lamela, Lavezzi e Victor Cuesta, ainda no primeiro tempo. O jogo foi realizado no Estádio Century Link Field, em Seattle/EUA, e foi válido pelo encerramento da fase de grupos da Copa América Centenário.

Com o resultado, a Albiceleste terminou a primeira fase da competição continental na liderança do Grupo D, com nove pontos ganhos e 100% de aproveitamento no torneio. Em campanha completamente oposta, os bolivianos se despedem da Copa América sem pontuar, na última posição.

O adversário da Argentina nas quartas de final será a Venezuela, que surpreendeu e terminou a primeira fase como segunda colocada do grupo C. O confronto único e decisivo será disputado às 20 horas do próximo sábado (18), no Gillette Stadium, em Foxborough, Massachusetts/EUA.

Sem Messi, Argentina constrói vitória

Os primeiros minutos do jogo começaram fechados. A Argentina teve maior posse de bola durante os 45 minutos iniciais, mas a partida era de muito contato, com forte marcação boliviana. Praticamente as oportunidades eram poucas, uma vez que a defesa da Bolívia conseguia anular os efeitos ofensivos.

Quando a Albiceleste chegou com perigo, colocou a bola nas redes. Aos 12 minutos, Lamela cobrou falta, a bola desviou em Zuk e o goleiro Lampe nada pôde fazer. Mal tinha aberto o placar, a Argentina ampliou a vantagem três minutos depois, quando, em rápida jogada de ataque e cruzamento da direita, Higuaín cabeceou sozinho, Lampe deu rebote e Lavezzi completou para empurrar para o gol.

Mesmo sem Messi e alguns jogadores considerados titulares, a Argentina conseguia impor facilmente seu ritmo de jogo e domínio em Seattle. O destaque era Lavezzi. O jogador se movimentava muito e se destacou. Ao todo, a posse de bola de 81% evidenciava o domínio da seleção.

Aos 31 minutos, a vitória foi construída sem maiores esforços. Lavezzi aproveitou cruzamento e bateu cruzado na área. O zagueiro Victor Cuesta desviou para marcar o terceiro gol argentino. O time continuava a finalizar, a chegar facilmente no ataque e assustar o goleiro Lampe. A melhor oportunidade depois do 3 a 0 veio aos 45 minutos, quando Agüero rolou para Higuaín, e o camisa 9 dominou na entrada da área e finalizou com o pé esquerdo. Lampe defendeu.

Com Messi, Argentina cadencia jogo

Mesmo com os três gols feitos na primeira etapa, a Argentina não diminuiu a intensidade no segundo tempo. Embora não procurasse tanto o ataque na fase derradeira da partida, o time manteve a elevada posse de bola. A Bolívia se rendeu facilmente ao jogo celeste.

Com Lionel Messi em campo, a Bolívia apenas afastava a bola do seu campo defensivo, enquanto a Argentina pressionava e mantinha os seus jogadores da intermediária para frente. Aos nove minutos, Lucas Biglia recebeu na intermediária e encheu o pé esquerdo. Lampe espalmou no canto esquerdo.

A primeira e única oportunidade boliviana aconteceu aos 11 minutos, quando Saavedra cobrou arremesso lateral rapidamente e Campos foi acionado. O jogador avançou e bateu cruzado. A bola passou por toda a área e assustou o goleiro Romero. Aos 15, por pouco Lionel Messi não marcou um golaço. Em cobrança de falta, o camisa 10 bateu no canto oposto da barreira e quase acertou o ângulo. Em seguida, Messi rolou a bola para Agüero, e o atacante tocou para Biglia. O volante não chegou a tempo e Funes Mori não finalizou bem.

A Argentina trabalhou na reta final do segundo tempo apenas na movimentação da bola. Poucas finalizações, infiltrações e tranquilidade em segurar o resultado de olho na manutenção física dos atletas e na sequência da Copa América Centenário. A seleção segue em busca do fim do incômodo jejum de 23 anos sem títulos.