Durante 24 horas, Aurelio de Laurentiis, presidente do Napoli, foi o centro das atenções. Primeiro pela agressão a um torcedor do Napoli após a derrota contra o Parma. Depois, pelo acordo com o prefeito de Nápoles, Luigi De Magistris para reestruturar a região de Fuorigrotta, onde se localizam o San Paolo e o campus da Universidade de Nápoles.

De Magistris falou a rádio Kiss Kiss de Nápoles sobre o assunto: "Nós encontramos um ponto comum com a transação, então vamos tratar com qualquer outra pendência entre as partes. Na sexta-feira enviaremos ao Napoli a documentação necessária para pagar os valores devidos".

O encontro teve a presença do presidente do Coni (Comitato Olimpico Nazionale Italiano) e Giovanni Malago, que deu um impulso para o acordo entre as partes. De Magistris falou sobre a questão burocrática: "Haverá um compromisso formal por parte do Napoli e com estudo de viabilidade para a construção das obras necessárias para restaurar a dignidade ao sistema. Podemos minimizar os encargos administrativos, mas precisamos de grandes investimentos do clube. Tenho certeza de que será um projeto que fará a torcida feliz, mas há modelos a seguir".

A torcida gostaria de estar mais perto do campo. Para isso, De Magistris ressaltou: "Vamos ver se manteremos a pista de atletismo. Enquanto isso, o Napoli continuará jogando no San Paolo, protegendo outras atividades esportivas que se aproveitam da estrutura", disse o prefeito de Nápoles, enquanto comemorava o sucesso da Itália na Copa Davis de tênis que, jogando em Nápoles, eliminou a Grã-Bretanha e foi as semi-finais.

Logo mais, após o encontro pela manhã, a tarde o Napoli divulgou em seu site uma nota que aponta que o Napoli pagou todas as dívidas com a Prefeitura, dívidas que chegavam em torno de 6 milhões de euros, e que poderiam servir como entrave para a aquisição do estádio. O pagamento foi enviado por fax na sexta-feira.

Há três hipóteses para o futuro do San Paolo, como ressaltada em reunião de outubro de 2013: a primeira é ter uma concessão de 99 anos de uso, como a Udinese tem com a prefeitura de Udine e o estádio Friuli (De Laurentiis praticamente descartou essa possibilidade), a segunda é a venda do estádio para o clube (esbarra por problemas burocráticos), e a terceira, o direito de superfície, o que obrigaria os investidores a fazê-lo além do perímetro do estádio.

Luigi De Magistris ressaltou naquela reunião que a reestruturação não impediria o Napoli de jogar no San Paolo, e que o município não gastaria nenhum euro. E ressaltando que "o Juventus Stadium seria dos Agnelli, e não dos juventinos", e que os napolitanos poderiam ser acionistas do estádio.

GS