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Serie A se reúne a fim de definir apoio à candidatura de Tavecchio para a presidência da FIGC

18 dos 20 clubes da Serie A se reúnem para definir o apoio a Carlo Tavecchio e assinar documentos para reformas no futebol italiano

Serie A se reúne a fim de definir apoio à candidatura de Tavecchio para a presidência da FIGC
Tavecchio tem o apoio de mais da maioria dos 18 clubes italianos (Foto: Corriere dello Sport)
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Por Caio Bitencourt

Nesta quinta-feira (24), os vinte clubes da Serie A fizeram uma assembleia em Milão para definir que candidato apoiariam nas eleições para a presidência da FIGC (Federazione Italiana Giuoco Calcio, em português Federação Italiana de Futebol). E dezoito deles confirmaram apoio a candidatura de Carlo Tavecchio, presidente da Liga Amadora da Itália, para a presidência da federação. Apenas Roma e Juventus votaram contra.

Na reunião, 19 dos 20 clubes votaram a favor da proposta apresentada na assembleia da Serie A, e 18 deles confirmaram voto em Carlo Tavecchio. O primeiro a anunciar o êxito da assembleia foi o presidente do Napoli, Aurelio De Laurentiis, que declarou: "A Serie A votará em Tavecchio por larga maioria". Palavras posteriormente confirmadas pelo presidente da Serie A, Maurizio Beretta, que declarou:

"Tem havido uma convergência ampla para a candidatura de Tavecchio. Tavecchio é o símbolo da renovação na unidade. Nas eleições cada clube vota por si, mas o fato político é que temos dezoito de vinte assinaturas e uma grande maioria na votação dos diretores e do programa a ser apresentado pela FIGC".

Dois presidentes não assinaram apoio a Tavecchio: James Palotta, da Roma, e Andrea Agnelli, da Juventus, que declarou: "Eu gostaria que não tivesse um mecanismo político onde votam os delegados; gostaria que se consultassem os torcedores. Se queremos democacia, acrescentamos-a em tudo". Agnelli declarou que a renúncia de Abete colaborou para a criação do novo documento, e também declarou o porque não se candidatou para o lugar de Giancarlo Abete na presidência da FIGC.

"Por uma questão de coerência, não considerando a candidatura de Tavecchio, eu disse que eu não estaria disponível. Estou convencido, no entanto, através do documento que iremos apresentar, e sobre o qual não havia convergência total, de poder trabalhar para a Juventus e pelo campeonato. Acho que o conteúdo faz a diferença a maior parte aqueles que se sentam nas cadeiras. Se podemos realizar em um ano e meio, metade do que está escrito no documento hoje será muito satisfatório", disse.

A assembleia também elegeu os novos membros do conselho da liga e da FIGC: Claudio Lotito (presidente da Lazio) e Giampaolo Pozzo (presidente da Udinese) foram eleitos conselheiros da federação. Urbano Cairo (presidente do Torino), Aurelio de Laurentiis, Andrea Agnelli, Angelomario Moratti (vice-presidente da Inter), Tommaso Ghirardi (presidente do Parma), Luca Campedelli (presidente do Chievo Verona), Maurizio Zamparini (presidente do Palermo), Mario Cognini (presidente da Fiorentina) e Antonio Percassi (presidente da Atalanta) foram eleitos conselheiros da liga, que terá Adriano Galliani (vice-presidente do Milan), como vice-presidente geral.

As eleições da FIGC serão disputadas no dia 11 de agosto, e terão como candidatos Carlo Tavecchio e Demetrio Albertini, ex-jogador de Milan e Seleção Italiana, e atual vice-presidente da FIGC.

Como funcionam as eleições na FIGC

As candidaturas devem estar acompanhadas de um documento de orientação sobre as atividades da FIGC no próximo ciclo olímpico e sem vínculo de mandato. A eleição acaba no primeiro turno no caso de um candidato ter acima de três quartos dos votos válidos pelos delegados da Assembleia.

O fórum vai diminuindo nos dois escrutínios seguintes: no segundo, basta a maioria de dois terços de votos, e no terceiro, basta a maioria de votos. É eleito o candidato que tiver a maioria dos votos válidos. Neste caso, talvez o sistema não funcione em sua totalidade devido a haverem somente dois candidatos.

No dia 11 de agosto, votarão 278 delegados, de acordo com as normas aprovadas na última reunião, o que totalizariam 20 delegados para a Serie A, 21 para a Serie B, 60 delegados para a Lega Pro (terceira divisão), 90 delegados para as Ligas Amadoras, 52 delegados para a associação de atletas, 26 delegados para a associação de treinadores, e 9 delegados para a associação de árbitros.

Mesmo com um número de delegados, contudo, os pesos percentuais são os "fiéis da balança" que tem o poder de decidir a eleição. A maior parte são a das ligas amadoras, com 34%, seguida pela associação de jogadores, com 20%, Lega Pro com 17%, Serie A com 12%, associação de treinadores com 10%, Serie B com 5% e a associação de árbitros com 2%.