Aos 35 anos, o meia Hugo mostra ainda rolar a bola como profissional. Jogador de passagem por grandes clubes brasileiros, é no Juventude, que já viveu melhores fases e está na Série C do Brasileiro, que o atleta desfila boas jogadas e bom futebol em pleno 2016.
Hugo iniciou carreira no bairro Bangu, zona oeste do Rio de Janeiro. Quando deu um chapéu em Bobô, do Grêmio, na última rodada da fase de classificação, ele ainda justificou o drible: "característica que eu já tinha feito com meus amigos e eles me cobram. É uma jogada desde as peladas de Bangu".
As categorias de base oficiais foram no Campo Grande e no Fluminense. Mas o jogador só começou profissionalmente em outro estado, pelo Vitória da Bahia. O jogador já havia servido o Juventude nas temporadas de Série A da equipe, em 2003 e 2006. No mesmo ano, foi ao Grêmio e conquistou o Campeonato Gaúcho. Repetiu o feito em 2010, na também última oportunidade do Tricolor Porto-Alegrense.
Especialista no estadual do sul, Hugo tem a chance do tri, mas desta vez de volta ao Esmeraldino de Caxias do Sul. Com a camisa 10 às costas, o jogador apresenta qualidade técnica para liderar o meio de campo do técnico Antônio Carlos Zago. É experiente, dita o ritmo contra os demais times do interior, como por exemplo a vitória fora de casa por 1 a 0 sobre o Brasil de Pelotas.
Contra a dupla Gre-Nal, ele também não se esconde. Foi destaque com assistência e gol de pênalti na Arena, no 2 a 2 da fase de classificação. Na semifinal, também esteve a ajudar os jaconeros diante do Tricolor, na missão de chegar à final. Diante do Internacional, pode ser a consagração de um atleta já duas vezes campeão deste estadual, as duas sobre o Colorado.
Entre outras conquistas menores no exterior, ainda somou o Brasileirão no elenco do Corinthians em 2005 e mais os de 2006 e 2007 participando com o São Paulo de Rogério Ceni e Muricy Ramalho.
Com outros destaques na equipe do Juventude, Hugo deu recente entrevista, antes da semifinal, comentando que os jovens têm potencial de serem o holofote. "Eles que têm de ter esse protagonismo. E nós (mais velhos) sermos os coadjuvantes. Já estou com 35 anos, mas sempre entro em campo para dar o melhor".
Acusado também de perder velocidade no meio de campo da equipe, Hugo estará na final em nome da técnica e da experiência. Saber jogar decisão é o último compromisso do organizado Juventude do técnico Antônio Carlos.
Para o restante da temporada, na disputa da Série C nacional, o diretor executivo do Juventude, Nei Rama afirmou que Hugo está apalavrado para permanecer. Ficam mais linhas escritas da história do meia, das peladas de Bangu aos títulos profissionais.