Santos recebe visita ilustre e debate acessibilidade nos estádios

Torcedor símbolo na luta pelo tema visitou o CT Rei Pelé e debateu o tema com atletas do alvinegro

Santos recebe visita ilustre e debate acessibilidade nos estádios
Foto: Ivan Storti /Santos FC
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Por Juliano Pelegrina

Nessa sexta-feira (15), um tema muito importante foi o foco no Santos Futebol Clube. O CT Rei Pelé recebeu a ilustre visita do jovem jornalista Ronald Capita, de 17 anos, portador da rara Síndrome de Marfan, e um dos maiores nomes da luta pela acessibilidade aos estádios de futebol no Brasil.

Ronald Capita foi ao CT do clube e acabou batendo um papo com os atletas santistas, entre eles grandes nomes como Ricardo Oliveira e Lucas Lima, e comentou sobre sua luta pelo acesso aos estádios. "Foi muito bacana. Fui super bem recebido. Acompanhei o treinamento e bati um papo com o pessoal, inclusive vi e revi amigos", afirmou o jornalista. "Por se tratar de um clube tão grande como o Santos vejo que as possibilidades são maiores. Trata-se de uma potência mundial. A meu ver pode fazer com que as pessoas abram os olhos à questão da acessibilidade nos estádios", afirmou.

Ronald Capita tem 17 anos de idade e sofre da Síndrome de Marfan, que afeta o sistema cardiovascular, o sistema esquelético, os olhos e a pele. O Capita, como é mais conhecido, sofre também de escoliose, um entortamento (ou curvatura) na coluna. Inicialmente, antes das cirurgias, a sua coluna tinha um formato de S, o qual precisou de dezenas de cirurgias para tentar corrigir. Apesar dos procedimentos, contudo, o grau da escoliose dele segue muito delicado. Além disso, utiliza cadeira de rodas para se locomover, embora tenha andado até os nove anos – e desde então não há uma resposta concreta sobre os motivos que o levaram a não mais andar.

Com uma história de vida e muita superação, jamais deixou de sonhar e lutar pelos seus sonhos, um deles o de ser jornalista. Ronald Santos, que posteriormente se tornou Ronald Capita, acabou se apaixonando pela profissão, e principalmente por futebol, na época que ficou internado na  AACD em 2012, onde só podia acompanhar o futebol paulista por meio de rádio.

Capita também iniciou outra luta importante para todos deficientes fãs de esportes: acessibilidade aos estádios de futebol. Sempre lembrando que o dificil acesso de deficientes é pouco comentado na mídia, o jovem pernambucano, que vive em São Paulo, começou a escrever sobre o tema e fazer matérias mostrando como é dificil para um cadeirante assistir um jogo no estádio.