Em um dos confrontos mais equilibrados desta fase de oitavas de final, Nacional de Medellín e Atlético-MG se enfrentaram no Estádio El Campín, em Medellín, na Colômbia, e os colombianos, que tanto pressionaram, chegaram à vitória por 1 a 0, com gol de Cárdenas, aos 46 minutos do segundo tempo. O resultado dá ao Nacional a vantagem do empate. Para o Galo, repetir o placar resulta em cobranças de pênaltis. Dois gols de diferença classifica o alvinegro.
O Atlético Nacional apostou em um time veloz para acabar com uma escrita negativa em sua história na Libertadores. Contra brasileiros, o Nacional tem retrospecto bastante negativo. Além de perder a final contra o Grêmio em 1995, ficou pelo caminho diante de Palmeiras e Fluminense. Diante do Galo Mineiro, a esperança dos torcedores é bastante alta.
Inspirado pela campanha vencedora de 2013, o Atlético-MG entrou em campo, em sua maioria, com o elenco vencedor do ano passado, e sempre apostando na genialidade de Ronaldinho Gaúcho, que mesmo sem viver um bom momento técnico, é capaz de mostrar um grande futebol.
Victor evita uma catástrofe
O Nacional de Medellín apostou em um esquema bastante utilizado pelas equipes no Brasil e no futebol europeu. Usando de três jogadores na criação de jogadas, sendo dois bem abertos nas pontas do campo e um centroavante. O Atlético-MG entrando em campo com o desfalque do lateral-direito Marcos Rocha, que ainda se recupera de lesão. Para a posição, o técnico Paulo Autuori improvisando o zagueiro Otamendi no local, além dos três atacantes, deixando o time atleticano mais ofensivo.
No começo da partida, o Atlético-MG tentou implantar uma marcação mais adiatada, forçando o Nacional de Medellín ao erro. No decorrer do jogo, o time colombiano foi encontrando sua saída para explorar o ataque e chegar com perigo. Os dois meias Cárdenas e Juan Valencia, abriam o jogo pelos lados do campo, e na defesa atleticana, com seus laterais Otamendi, improvisado, e Emerson, ficavam por conta os adversários.
O Galo chegava no ataque a partir das investidas de Ronaldinho e Fernandinho, mas a presença de Jô como centroavante não completava as jogadas de ataque. Outra forma que os mineiros chegavam, eram nas bolas paradas cobradas por R10. A mais perigosa aconteceu aos 40 minutos, onde o meia levantou na grande área, a zaga do Nacional tirou parcialmente, e a sobra ficou com Diego Tardelli, que bateu cruzado, e Jô apareceu de forma atrasada.
As chances colombianas foram aparecendo e o goleiro Victor passou a ser o jogador mais exigido e o que mais apareceu na partida. Aos 27 minutos, o arqueiro atleticano fez duas grandes defesas. No arremate de Mejía, e no rebote de Cárdenas. Aos 32, Bocanegra aproveitou vacilo de Emerson Conceição, bater rasteiro, para outra intervenção de São Victor.
Cárdenas marca no fim
No segundo tempo, a partida não apresentou mudanças. Os dois times não vieram com alterações, o que indicava que o jogo não teria mudanças na atuação dos dois times. O Nacional seguiu com seu futebol veloz, onde o meia Cárdenas aparecia como destaque e futuramente seria premiado. O Atlético-MG levava o jogo com seu futebol previsível e sem levar perigos durante o jogo.
O goleiro Victor era o melhor em campo, o que declaradamente apontava que o time mineiro não jogava bem. O Nacional se apresentava no ataque criando oportunidades e se fazendo merecedor do resultado positivo. A torcida colombiana que lotou o Estádio El Campín, apoiava e fazia sua parte.
A melhor oportunidade do Atlético-MG saiu em uma triangulação entre Guilherme, Jô e a finalização de Marion, que entrou em lugar de Fernandinho, que chutou rasteiro e o goleiro Armani espalmou para escanteio.
De tanto pressionar, o Nacional chegou ao gol e no finalzinho da partida. Cárdenas, que já havia exigido grande defesa de Victor em um chute no canto esquerdo, desta vez, aos 46 minutos, trocou de canto, foi no direito, e bateu na diagonal, fora do alcance do goleiro atleticano.
MN