O técnico Levir Culpi decidiu dar um voto de confiança aos jogadores do Atlético-MG e acabar com a concentração antes do jogos que acontece no Estádio Independência. Agora, os jogadores não precisarão ficar no CT do Galo antes dos jogos no Horto.
Levir Culpi declarou que vai fazer bem para todo mundo, além de ressaltar que nenhum jogador gosta de concentrar.
“Vai ser assim e espero que todos possam entender. Vai fazer bem para todo mundo. Ninguém gosta de concentrar. Dormir com a família é muito melhor do que ficar 30 homens dormindo aqui no centro de treinamento”, afirmou o treinador.
Levir ainda colocou seu cargo a risco, e diz que caso os jogadores não cumpram com o combinado, quem irá sair do time é ele: “Se eles não cumprirem, quem vai sair sou eu. Não passei para eles a responsabilidade”, disse Levir Culpi.
O treinador acredita que com a nova estratégia os jogadores se sintam melhores e passem o sábado à noite em casa, descansando com a família. Contra o Atlético-PR os jogadores terão que estar na Cidade do Galo às 11h, no domingo (03).
“Tem que estar em casa. Não vai estar na concentração. Pode jantar com a família, tomar uma taça de vinho. Não vai é tomar o garrafão inteiro”, declarou.
O técnico alvinegro aproveitou a oportunidade para criticar o calendário do futebol brasileiro, que por ser muito apertado, o levou a tomar essa decisão:
“A decisão é minha e é por conta do calendário ridículo que o futebol brasileiro tem. Os jogos são desgastantes, as viagens são longas e não temos horários bons”. Levir espera uma resposta positiva dos jogadores promissores que existem no Atlético-MG: “Agora, temos que tomar um cuidado. São meninos jovens, que pensam diferente de quem tem experiência e isso pode levar a um erro ou outro. Mas aí vamos sentir se o grupo está fechado ou não”, disse o comandante.
Segundo Levir Culpi, o diretor de futebol Eduardo Maluf não é a favor, mas decidiu adotá-la. Para o treinador do Galo, é uma evolução importante para o futebol brasileiro.
“Vejo muita cobrança sobre evolução do futebol brasileiro. Lá fora é feito isso, na Europa e no Japão. Como mandante, o jogador não se concentra e se apresenta para o jogo. Mas ele tem que estar em casa. É muito profissional isso. Se eu não conseguir esse entendimento, é porque não há capacidade no Brasil de se mudar as coisas. Tem que ser de cima para baixo. Maluf não vê dessa maneira, por exemplo. Mas digo, a gente faz algo para mudar essa situação, colocar o atleta profissional dentro do que ele tem para fazer e buscar o resultado”, finalizou o treinador.