O Atlético-MG, enfim, conseguiu vencer na Copa Libertadores da América. Na noite desta quarta-feira (18), o Galo levou alguns sustos, mas superou o Santa Fe, no estádio El Campín, em Bogotá, pela terceira rodada do Grupo 1 da competição continental, ao derrotá-lo com um gol solitário do atacante Lucas Pratto.

Além de continuar vivo na disputa pela classificação às oitavas de final da Libertadores, o Atlético quebrou um longo tabu que persistia assombrando times os brasileiros. O time colombiano nunca havia perdido para brasileiros no El Campín e, assim, é derrotado por estrangeiros em Bogotá após 35 anos.

Com o resultado, os atleticanos alcançam seus primeiros três pontos no Grupo 1 da Libertadores e se iguala ao Atlas, do México, em absolutamente em tudo, na terceira colocação. Já o Santa Fe está em segundo com o mesmo números de pontos que o líder Colo-Colo, do Chile, seis, mas com um gol a menos.

O Atlético volta a jogar pela Libertadores no dia 9 de abril (quinta-feira), às 21h45, contra o próprio Santa Fe, mas desta vez no estádio Independência, em Belo Horizonte. No Campeonato Mineiro, o clube alvinegro entra em campo neste domingo (22) diante da Tombense, no Ipatingão, às 16h (de Brasília), pela nona rodada do estadual.

Primeiro tempo com poucas oportunidades de gol

Vindo de uma goleada empolgante no fim de semana contra a URT pelo Campeonato Mineiro, o Atlético-MG era obrigado a vencer o Santa Fe na Colômbia se não quisesse depender de outros resultados para se classificar à fase de mata-mata da Libertadores. Tendo isso em mente, Levir Culpi mandou a campo na noite desta quarta-feira o que tinha de melhor a sua disposição.

A ideia de jogo do Galo no início da partida era marcação forte no campo defensivo, sobretudo de Leandro Donizete em Omar Pérez, o “pensador” do Expresso Vermelho. Além disso, os comandados de Levir Culpi não saíam para pressionar a defesa adversária e apenas cercavam a partir de seu campo defensivo.

A primeira tentativa de gol ocorreu logo aos dois minutos, quando Lucas Pratto – fazendo papel de pivô no lance – escorou para Luan, que pegou de primeira e mandou no meio do gol. A resposta não foi imediata: só aos 22 minutos, Arias fez bonita jogada e cruzou para Quiñótes finalizar, mas o atacante pegou mal na bola.

O lateral-direito Marcos Rocha subia muito ao ataque e assim deixava sua retaguarda desguarnecida. Gustavo Costas, treinador do Santa Fe, percebeu a lacuna e pediu para que seus jogadores explorassem aquele lado. A ideia até foi boa, mas não houve nenhuma grande chance oriunda daquele setor.

As duas últimas chances de gol no primeiro tempo ocorreram quase em sequência. Primeiro, aos 30 minutos, a defesa do Santa Fe cortou mal o arremesso lateral de Marcos Rocha e a bola sobrou para Douglas Santos finalizar de primeira. A bola passou à direita do gol de Zapata. Em seguida, três minutos mais tarde, foi a vez do Santa Fe. Morelo levou para a canhota e chutou rasteiro, mas Victor realizou a defesa.

Gol de Pratto tranquiliza Atlético na Libertadores

As equipes voltaram do intervalo, mas só o Santa Fe parece que estava a fim de jogo. Nos minutos iniciais da segunda etapa o time colombiano fez pressão no Galo e teve uma grande oportunidade logo aos 48: Quiñónez tabelou com Morelo e saiu na cara de Victor, mas, desequilibrado, pegou mal na bola e a mandou para fora.

O Atlético continuava perdido em campo, e Levir Culpi chamou Dodô e Maicosuel. No entanto, o treinador não contava que o Galo faria uma boa jogada com Carlos e logo depois viria um escanteio crucial para o jogo. Cárdenas cobrou o tiro de canto na cabeça de Lucas Pratto, que testou firme para o fundo das redes de Zapata. Foi o quarto gol do argentino com a camisa alvinegra.

A vantagem no placar revigorou o time mineiro, que se arrumou na partida. Mas aos 70 minutos o atacante Paez, que substituiu Quiñónez, obrigou Victor a fazer uma defesa espetacular em uma cabeçada à queima-roupa.

Atrás do gol de empate, o Santa Fe se lançou ao ataque e esqueceu a defesa. Após uma falta mal cobrada por Omar Pérez, o time atleticano puxou contra-ataque em velocidade e chegou a ficar três do Galo contra um do Expresso Vermelho. Por fim, Douglas Santos deixou Carlos com a oportunidade de ampliar o marcador, mas o meia-atacante optou por dominar a bola e assim deu tempo de o zagueiro chegar a tempo e desarmá-lo.

O maior susto que o Galo levou na partida ainda estava por vim. Aos 87, Morelo puxou a marcação e rolou atrás para Arias, que acertou um petardo no travessão de Victor. No último lance da partida, houve tempo até para o goleiro do Santa Fe, Zapata, ir à área do Atlético a fim de tentar o gol de empate em uma cobrança de escanteio, mas acabou cometendo falta em Victor e o resultado não alterou: 1 a 0 para os atleticanos.