Um dos mais vitoriosos jogadores brasileiros pendurou as chuteiras. Em declaração ao site Globoesporte.com, o ídolo e zagueiro corinthiano Chicão anunciou o fim de sua carreira como jogador de futebol. Com 35 anos e passagens por Flamengo e Bahia, o ex-defensor estava há sete meses se atuar, quando se desligou do  Delhi Dynamo, da Índia. Desde então, passou a ficar mais com a família.

O segundo maior zagueiro-artilheiro do Corinthians, Chicão escreveu seu nome de forma magnífica no alvinegro. Vindo do Figueirense em 2007, formou com Willian, a dupla de zaga da Série B, sendo fundamental no acesso. Em 2009, ao lado de Ronaldo, foi um dos destaques ao conquistar Paulista e Copa do Brasil. Já em 2011, o início da era dourada: Brasileiro daquele ano e vaga para a Libertadores do ano seguinte, conquistada de forma invicta. 

O zagueiro também esteve presente no título mundial pra cima do Chelsea, em Tóquio. Mas no meio de 2013 se transferiu ao Flamengo ao saber que não teria o contrato renovado. Desde então, andou por clubes sem se firmar e sem o mesmo potencial físico.

Mas o agora ex-jogador não pretende sair do meio futebolístico. Ainda há um desejo de atuar como um cartola, tentando até uma vaga no Corinthians, clube de coração.

"Posso ser auxiliar técnico ou assumir uma coordenação, mesmo que de uma categoria de base. Tenho muito a contribuir, uma carreira linda, vitoriosa e sem polêmicas. Falei com meus pais, que sempre me ajudaram, e tomei a decisão. Não me vejo como empresário, mas sim dentro de campo, ajudando jovens. Vim de baixo e fui campeão mundial."

Ainda na entrevista para o site, Chicão falou sobre sua decisão e revelou que o tempo parado influenciou na escolha.

"Estou há sete meses em casa. Acho que é o momento de sair de campo e tentar ajudar fora dele. Se eu arrumasse um clube teria de me preparar, entrar em forma e até aí já acabou o ano. Não vi vantagem em dar sequência nessa situação. Queria chegar em um clube bem, para brigar por títulos. Depois dessa parada ficou complicado."

Chicão tem momentos marcantes com a camisa corinthiana. Foi dele o passe inicial da jogada do gol de Guerrero. Zagueiro conhecido pela alta qualidade de sair jogando e bater na bola, era um diferencial na forte defesa corinthiana de Mano Menezes e Tite. Faltas e pênaltis eram praticamente a mesma coisa em seus pés.

A Fiel certamente tem um carinho especial por Chicão e o zagueiro terá sempre seu nome escrito com letras garrafais na história do Corinthians, ao lado de nomes como Gamarra, Domingos da Guia, Idário e Del Debbio.