A tabela do Campeonato Brasileiro da Série A e a sétima partida seguida sem vitória ligaram o alerta do técnico Wagner Lopes. Ao fim da 17º rodada o Criciúma entrou no zona de rebaixamento. A definição veio após a derrota por 2 a 0 para o Flamengo, no Heriberto Hulse, em Criciúma. O estádio que contou com grande número de torcedores pediu a saída do treinador. Em coletiva, Lopes se defendeu:
"Quem tem que analisar isso é a diretoria. Não vou no calor responder elogios ou vaias. Tenho minha maneira de pensar. Sinto o momento ruim pelo resultado negativo, mas tenho minhas convicções e não vou mudar. Os jogadores também estão chateados. Na profissão é assim, mas falar é fácil, fazer é mais complicado. Continuo com a convicção e não acho que está tudo errado. Não vou me deixar levar por vaias e elogios. Acho que tenho condição de seguir. A gente respeita todas as opiniões. Não me sinto desmotivado em nenhum momento e não mudo a maneira de pensar e agir", rebateu o treinador.
A esperança do torcedor estava no pé dos estreantes, o meia Cléber Santana e o atacante Souza. Mesmo assim o time carvoeiro não superou o Flamengo. São sete jogos sem vencer e três sem marcar gols. Enquanto acontecia a entrevista com o treinador, os torcedores se manifestaram novamente, dessa vez ao lado da sala de imprensa, pedindo a saída do treinador.
"Eu sempre digo que estou à disposição para trabalhar. Sei que no futebol brasileiro e mundial, qualquer clube tem o diretor de tomar a decisão que achar melhor em relação a qualquer funcionário", declarou Lopes.
A diretoria não declarou nada sobre o treinador, porém Wagner Lopes adianta que se for demitido irá entender: “Sou um empregado do clube e trabalho até entenderem que eu não devo continuar mais. Tenho feito meu melhor, mas os resultados não estão vindo. Estou à disposição da diretoria sempre. Se julgar que é momento de trocar, respeito a troca”, finalizou.