Mais uma atuação decepcionante, mais um empate. O Corinthians repetiu, neste domingo (7), uma atuação preguiçosa e marcada pela pouca criatividade, como já demonstrou em outras partidas, e mais uma vez não saiu do zero a zero. Dessa vez, foi o com o Criciúma, no Heriberto Hülse, pela 19ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Apesar do bom começo do Criciúma, o Corinthians foi melhor no primeiro tempo. Criou mais chances de gol, levou mais perigo e poderia ter ido para o intervalo com a vitória. O Tigre só conseguiu se organizar lá atrás na parte final da primeira etapa e contou com um grande desempenho de seu goleiro, Luis, para conseguir segurar o zero a zero até o fim.
Com muitos problemas no setor de criação, o Corinthians controlou o início do segundo tempo, mas não conseguiu assustar. Criou poucas chances de gol, raramente conseguiu concluir e ainda teve que tomar cuidado com os contra-ataques do adversário. Com o tempo, os catarinenses cresceram e começaram a se aproximar mais do gol. Entre altos e baixos, os paulistas não conseguiram o gol da vitória e empataram mais uma vez.
O empate não foi bom para nenhum dos dois times. O Corinthians, apesar dos pesares, conseguiu encerrar o primeiro turno entre os quatro melhores, na quarta colocação, com 33 pontos. Colocação alcançada apenas por conta do empate entre Fluminense e Cruzeiro, que continua líder, 10 pontos a frente do Timão. O Criciúma saiu provisoriamente da zona de rebaixamento - é o 16º colocado com 18 pontos -, mas encerrará o turno no Z-4 se o Palmeiras não perder para o Atlético-PR ou se houver um vencedor na partida entre Bahia x Coritiba, ambos às 18h30.
As duas equipes voltam a campo no meio de semana para a primeira rodada do segundo turno. O Criciúma enfrenta outra equipe paulista, o Palmeiras, no Pacaembu, nesta quarta-feira (10). Na quinta (11), o Corinthians recebe o Atlético-MG na Arena Corinthians.
Corinthians é melhor, mas primeiro tempo termina sem gols
O início de jogo foi pouco movimentado. As duas equipes começaram trocando passes, se estudando e procurando os espaços na defesa adversária com muita cautela. Quem encontrou primeiro foi o Criciúma que, aos quatro minutos, chegou com muito perigo: Zé Carlos recebeu cruzamento pela direita e chutou no contrapé de Cássio, mandando a bola à esquerda da meta corinthiana.
Três minutos depois, o mesmo Zé Carlos exigiu boa defesa do arqueiro corinthiano em chute de longa distância. Na sequência, entretanto, o Corinthians passou a assumiu o controle da partida. Colocou a bola no chão, controlou o ímpeto do adversário e foi, aos poucos, se aproximando da meta defendida por Luis. Com o tempo, as chances começaram a aparecer.
A primeira delas foi aos 13. Romero recebeu bom cruzamento e testou firme, mas foi parado por Luis. Na sequência, em cobrança de falta, o goleiro do Criciúma novamente apareceu com destaque, agora em cobrança de falta de Fábio Santos. O lateral-esquerdo corinthiano voltou a levar perigo em chute de fora da área e novamente só não abriu o placar por conta do goleiro rival.
Apesar da tarde inspirada, o goleiro dos catarinenses quase pôs tudo a perder aos 24 minutos. Ao receber um passe do zagueiro, ele tentou lançar a bola em longa distância, mas acabou entregando nos pés de Malcom. O jovem atacante corinthiano, no entanto, não conseguiu concluir bem e, já com o goleiro de volta a sua posição, chutou por cima da meta.
Melhor no jogo, o Corinthians esfriou um pouco nos 10 minutos finais da primeira etapa e não conseguiu mais criar boas oportunidades de gol. O Criciúma acertou a marcação e os paulistas, embora tivessem a posse de bola, não conseguiam se aproximar e encontrar os espaços com a dupla de ataque Malcom e Romero. A última chance apareceu aos 46 minutos, em falta cobrada por Bruno Henrique por cima do gol.
Corinthians volta mal e empata mais uma
O segundo tempo começou como o primeiro: muito estudo, muito toque de bola e poucas chances de gol. O Corinthians assumiu as rédeas da partida desde o início, mas ainda encontrava bastante resistência na marcação dos catarinenses. Para um time que usa pouco as laterais, encontrar uma forte marcação na zona central do campo é sempre um problema e isso gerou um problema na criação das jogadas.
Tanto que a primeira boa chance do segundo tempo surgiu só aos 10 minutos e justamente em uma jogada descentralizada. Malcom disparou pela direita e, ao não encontrar companheiro algum dentro da grande área, resolveu arriscar direto para o gol, dando trabalho ao sempre atento Luis. O Criciúma respondeu no minuto seguinte, quando Fábio Ferreira subiu mais alto que Fábio Santos e cabeceou à esquerda de Cássio.
O Tigre tentava surpreender em contra-ataques rápidos e em chutes de longa distância, mas também não obteve êxito. O Corinthians continuava melhor, mas dependia de lampejos, de bons momentos individuais, para se aproximar do gol. Renato Augusto foi um dos que tentou, usando da mesma estratégia de Malcom: avançou pela direita e encheu o pé, mas mandou nas redes pelo lado de fora.
Precisando da vitória para sair do G-4, o Criciúma cresceu a partir da segunda metade do segundo tempo. Adiantou a marcação, marcou a saída de bola e passou a encontrar os espaços em um time do Corinthians que avançava para o ataque sem os mesmos cuidados de outrora. A linha de impedimento salvou o Timão de sofrer o primeiro gol aos 28 minutos, quando Paulo Baier apareceu livre - e em posição irregular - para balançar as redes.
O susto despertou um pouco o Corinthians, que voltou a chegar ao ataque pelo jogo aéreo e só não abriu o placar porque Jadson, de frente para o gol, não quis bater de primeira e errou o domínio. No entanto, as dificuldades para criar jogadas persistiam e o Criciúma continuava melhor na partida. Aos 37, o Tigre desperdiçou a melhor chance do primeiro tempo até então: Danilo tentou um desarme e acabou dando um belo passe para Paulo Baier, que bateu forte, mas parou em Cássio.
O Corinthians não conseguiu sequer se aproximar do gol da vitória nos minutos finais da partida. Pior: aos 41 minutos, Paulo Baier ainda cobrou falta com perigo e Cássio teve que evitar uma derrota que complicaria ainda mais a equipe. No fim das contas, um justo empate em zero a zero em um jogo que não foi dos melhores.