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Criciúma aproveita expulsão, vira sobre Brasil de Pelotas e se aproxima do G-4

Xavante aguarda complemento da rodada para ficar entre os quatro primeiros da Série B, enquanto Tigre soma segunda vitória consecutiva e volta a sonhar

Criciúma aproveita expulsão, vira sobre Brasil de Pelotas e se aproxima do G-4
Foto: Divulgação / Criciúma EC
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Por Henrique König

O Criciúma voltou a vencer o Brasil de Pelotas na Série B. Após o 3 a 0 do primeiro turno, a noite era de outra situação, mas os carboneros novamente levaram a melhor. Cirilo fez 1 a 0 aos mandantes pelotenses, mas Thiago Humberto, em lindo chute, e Roberto, em escanteio, viraram o jogo para 2 a 1 e fizeram o Tigre se aproximar de vez do G-4 do Campeonato Brasileiro.

Com o triunfo, o Criciúma avança aos 37 pontos na tabela e fica a apenas um do G-4. Já o Brasil de Pelotas estaciona nos 40 pontos e depende de resultados negativos de CRB, Londrina e Ceará para permanecer entre os que estariam na Série A de 2017.

Na próxima rodada, o Brasil vai à cidade de Juiz de Fora enfrentar o Tupi, 18º colocado. Já o Criciúma receberá, na sexta-feira, o Sampaio Corrêa, lanterna da competição. Será a chance da terceira vitória seguida e de uma possível entrada no G-4.

Brasil desequilibra encontro a seu favor, mas Diogo Oliveira é expulso

O Brasil era o melhor time do campeonato no somatório das 10 últimas rodadas. Já o Criciúma vinha em uma sequência de quatro jogos sem vencer, mas goleou o Oeste em casa, na 25ª jornada. Em campo, frente a frente, os dois clubes mais ao sul do país na Série B.

A primeira bola de perigo surgiu de falta cobrada pela esquerda. O levantamento do Criciúma foi preciso e o zagueiro Raphael Silva cabeceou firme, Eduardo Martini não se mexeu e a redonda carimbou o travessão. Já o primeiro cartão amarelo subiu na primeira jogada mais ríspida. O ex-colorado Paulo Cezar parou saída de jogo xavante e foi advertido dessa forma.

Passou despercebido a chegada de Leandro Leite sobre Niltinho. Carrinho forte demais, mas felizmente o lateral-esquerdo saiu inteiro. Já cobrado um escanteio pela direita, o zagueiro Cirilo perdeu grande chance ao cabecear para fora, igualando as boas chances pelo alto.

A partida seguia em equilíbrio e forte marcação pelos dois lados, dificultando as ações de criação pelo meio de campo. Aos 20 minutos, o Brasil buscou jogada pela direita, Ramon conseguiu chutar de primeira com muita força, a bola pegou no travessão, quicou praticamente sobre a linha e arrancou gritos de gol equivocados: não entrou por detalhes.

Aos 29 minutos, o Brasil novamente saiu da marcação do Criciúma. Felipe Garcia entrou na jogada, fintou, chutou forte de esquerda e o goleiro Luiz espalmou. No rebote, Ramon não conseguiu colocar para Elias marcar o gol e a zaga chegou para salvar. Já o árbitro começava a se complicar com meia hora. Felipe Garcia forçou passagem e reclamou de ser empurrado na área. Na sequência do lance, Diogo Oliveira pisou no defensor Raphael Silva, mas Marcos Mateus Pereira não viu. Deu somente o cartão amarelo.

O Criciúma conseguiu sair e Caíque, em lance polêmico, cabeceou para o gol, mas a assistente apontou o impedimento e anulou o feito. Do outro lado, Marlon cobrou escanteio da direita, Washington desviou na primeira bola, mas ninguém alcançou para colocar nas redes. O Brasil desequilibrou o duelo a seu favor, entrou no campo catarinense, mas teve o problema com a expulsão do camisa 10 Diogo Oliveira nos acréscimos. Dessa vez, levantou demais a perna e o adversário reclamou de ser atingido. O árbitro aplicou o segundo cartão amarelo e expulsou o meia do Xavante.

Cirilo abre o placar, mas Criciúma aproveita duas finalizações, vira e se aproxima do G-4

O Brasil voltou a campo com o mesmo time, agora formado por 10 jogadores. Já no Criciúma entrou Pitbull, em troca promovida por Roberto Cavalo. Assim, o Tigre catarinense se lançou com Roberto, Jheimy e Pitbull como atacantes.

Mas foi o Brasil quem teve a grande chance da arrancada: falta cobrada por Marlon, cabeçada de Leandro Camilo e Luiz fez uma defesa absolutamente espetacular para espalmar. Na sequência de escanteios, não teve jeito: corner da direita e Cirilo, o zagueirão, o pelotense, subiu com estilo, no canto da meta: 1 a 0! Xavante incendiou seu torcedor com um jogador a menos e precisava segurar o ímpeto rival na sequência.

Apesar do volume de Criciúma, foi Elias quem recebeu com liberdade na velocidade, não viu ou não quis Ramon para fazer o gol e chutou por cima, para desespero. O tempo seguiu com os catarinenses na posse e o Xavante à espreita, marcando firme e reduzindo os espaços na medida do possível. O contra-ataque como alternativa.

Aos 29 minutos, Cavalo tirou Caíque e Thiago Humberto entrou no Criciúma. Já o gigante Bruno Baio, também ex-Inter, foi para o jogo no lugar de Jheimy. Do outro lado, o atacante xavante Ramon conseguiu escapada, driblou o goleiro Luiz, mas saiu com bola e tudo, na linha de fundo.

Sem entrar na área com chances, a solução veio de longe. Thiago Humberto mostrou a categoria que o fez desfilar na Série A anos antes. Aproveitou falta rolada para ele e experimentou. Chute de muito longe, o chamado pombo sem asas e o acerto no ângulo: 1 a 1 no estádio Bento Freitas.

Três minutos depois, aos 42 minutos, escanteio cobrado da direita e Roberto, aproveitando o bate-rebate na pequena área, completou para as redes, designando a virada em Pelotas: 2 a 1 para o Tigre, novamente vencedor no confronto entre os clubes mais ao sul da Série B. O estádio ficou perplexo com a virada construída rapidamente e os jogadores visitantes comemoraram muito ao apito final.