Mano lamenta chances perdidas, classifica empate como "injusto" e dispara contra CBF

Treinador reclama do pouco tempo de descanso do Cruzeiro em relação a Chapecoense e admite que o rumo da partida poderia ter sido outro, caso Ábila convertesse o pênalti desperdiçado

Mano lamenta chances perdidas, classifica empate como "injusto" e dispara contra CBF
Mano Menezes valoriza volume de jogo do Cruzeiro na partida (Foto: Washington Alves/Light Press)
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Por Matheus Adler

O Cruzeiro bem que tentou, mas não conseguiu vencer a Chapecoense, neste domingo (16), no Mineirão, pela 31ª rodada do Campeonato Brasileiro. O empate sem gols deixou um gosto amargo na boca da legião celeste, principalmente pelos gols perdidos, sendo um deles de pênalti. Fato destacado pelo técnico Mano Menezes, durante a entrevista coletiva.

Na visão de Mano, o Cruzeiro merecia ter levado os três pontos, pelo volume de jogo no decorrer da partida. A Raposa começou a partida colocando bola na trave, perdendo pênalti com o atacante Ramón Ábila, que também acertou o poste do goleiro Danilo. O treinador reconhece que se o argentino não tivesse errado a penalidade, resultando na defesa do arqueiro da Chapecoense, os rumos da partida poderiam ter sido outros.

“Nós merecemos ganhar. Jogamos para ganhar, tivemos volume e oportunidades. Hoje iniciamos bem, criamos chances pelos dois lados. Primeiro, com Henrique, depois, com Lucas. Entramos duas vezes pelos dois lados. No segundo tempo, embora o jogo tenha se tornado dramático, tivemos o lance da penalidade máxima, num lance crucial. Se naquela hora você faz o gol, toda a tensão e a dramaticidade dão lugar a uma lucidez maior. Mesmo assim tivemos outra bola ao poste com o Àbila”, observou Mano.

Para o treinador, não foram apenas as oportunidades perdidas pelo time celeste que afetaram o resultado. Mano Menezes chamou a atenção do fato da Chapecoense ter jogado 32 horas antes do Cruzeiro, já que entrou em campo na quarta-feira (12), às 11h, contra o Sport, enquanto a Raposa jogou no dia seguinte, às 19h30, contra o líder Palmeiras. Assim, o técnico criticou a tabela formulada pela CBF.

"Tivemos volume de jogo, tivemos ímpeto, embora tenha faltado nesses últimos instantes uma saúde física maior da equipe, pois 32 horas de diferença é bem difícil. Espero que a Confederação não submeta mais o Cruzeiro a ter que jogar com 32 horas a menos de recuperação que o adversário para resolver interesse dos outros. Nos últimos minutos isso faz diferença no futebol, nós sabemos”, declarou.

Agora, o Cruzeiro "vira a chave" e pensa na Copa do Brasil. Na quarta-feira (19), a equipe celeste enfrenta o Corinthians, no Mineirão, às 21h45, pelo jogo de ida das quartas de final da competição nacional. Como a primeira partida terminou com vitória dos paulistas por 2 a 1, basta uma vitória simples da Raposa, dentro de casa, para avançar no torneio.