Ronaldinho, Cícero e Osvaldo: como fica o Fluminense após a chegada dos reforços?

Lutando pelo título brasileiro, Enderson Moreira terá três grandes reforços em seu elenco. Porém, uma dor de cabeça que qualquer treinador gostaria de ter: como escalar os medalhões na equipe principal?

Ronaldinho, Cícero e Osvaldo: como fica o Fluminense após a chegada dos reforços?
Enderson terá a melhor dor de cabeça de sua carreira como treinador (Foto: Márcio Santos)
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Por Marcello Neves

É preciso ter elenco para ser campeão brasileiro e o Fluminense sabe bem disso. Entrando firme na briga pela ponta da tabela, o Tricolor apresentou neste mês os reforços de Ronaldinho, Cícero e Osvaldo. Com isso, Enderson Moreira tem a dor de cabeça que todo treinador gostaria de ter: como escalar sua equipe com tantas opções?

Ronaldinho chega para ser o centro das atenções, dividindo com Fred o cargo de líder. Osvaldo é o homem de velocidade que o clube tanto buscou após várias tentativas frustradas. Cícero retorna do empréstimo e tem sua polivalência como trunfo. Por outro lado temos Marcos Júnior, Gérson, Gustavo Scarpa e Vinícius.

OBS.: Apenas Ronaldinho e Osvaldo chegam para ser titulares absolutos. Pela necessidade de um cérebro no meio-campo e alguém com velocidade no ataque. Cícero, por outro lado, sofre concorrência em qualquer posição. Como meia, de Gérson e Vinícius. Como volante, de Jean.

O provável e esperado feijão com arroz

Talvez a escalação mais óbvia e provável no Fluminense. Ronaldinho assumiria o papel de camisa 10 e de cérebro do meio-campo tricolor, entrando no lugar de Marcos Júnior. Gérson perde a vaga para Cícero que, apesar de aparecer como meiocampista, não tem posição fixa. Pode

Osvaldo ficaria responsável por ser o desafogo de velocidade e flutuar nas duas pontas do campo, caindo por ambos os lados. Com isso, daria liberdade para Cícero aparecer como elemento surpresa no ataque, modo como gosta de jogar. Ronaldinho organiza o setor.

Dois pontas de velocidade, estilo Atlético-MG

A proposta é apostar na velocidade dos pontas, estratégia que deu no Atlético-MG em 2012 e 2013. Ronaldinho conhece bem esse modo de jogar, pois foi devido a ele que se destacou nos respectivos anos. O vice-campeonato brasileiro e a Libertadores não vieram por acaso.

No Galo, contava com Bernard e Diego Tardelli, tendo Jô como referência. No Fluminense, terá Osvaldo e Marcos Júnior caindo em velocidade, com Fred centralizado na grande área. Ronaldinho novamente teria o papel de organizador.

Cícero de volante e divisão de responsabilidades

Improvável, porém possível. A ideia é não deixar a responsabilidade de criação únicamente nas costas de Ronaldinho, visando partidas com marcação forte e pouca liberdade. Com isso, caberia a Gérson o papel de meia auxiliar, podendo ser substuído por Gustavo Scarpa ou Vinícius - quando voltar da lesão - no setor.

Mas e Cícero? Bancaria Jean, ocuparia o papel de segundo volante e poderia sair para o ataque, mas sua preocupação com a marcação seria maior. Gérson e Ronaldinho no meio, Osvaldo caindo pelas pontas e Fred centralizado.

Vinícius e Scarpa: os coringas do Fluminense

Vinícius era o melhor jogador do Fluminense até se lesionar. Gustavo Scarpa vem tendo boas atuações, mas ainda tem muito a evoluir antes de ser titular absoluto. Porém, a função dos dois atletas no elenco tricolor é de extrema importância: mudança de estilo tático e capacidade de substituir qualquer um dos meiocampistas.

É importante ter um bom plantel durante as 38 rodadas do Brasileirão. Caso Cícero e/ou Ronaldinho não vinguem, cabem a eles reassumir o papel de protagonistas. O mesmo pensamento vale para lesões e suspensões. Ter jogadores de qualidade é fundamental.

(Fotos: Divulgação/Fluminense)