Durante as férias, o presidente do Grêmio também articula negociações que vão além da busca de reforços para o elenco tricolor, trazendo uma antiga discussão ao certame nacional.  Eleito para o biênio 2015/2016, Romildo Bolzan Júnior propôs o retorno do mata-mata para o Campeonato Brasileiro, que desde 2003 é disputado no sistema de pontos corridos. Além de admitir sua preferência pelo antigo formato, o mandatário afirmou que a maioria dos clubes se mostraram favoráveis à volta dos "playoffs".

Bolzan acredita que a disputa por pontos corridos privilegia as equipes com mais regularidade e planejamento, mas afirma que o mata-mata, em contrapartida, traz mais emoção, equilíbrio técnico e possibilidade de faturamento com receitas, além de evitar que clubes entreguem suas partidas ao não ter mais ambições nas rodadas finais.

"O Grêmio defende a volta dos playoffs. É uma situação muito importante para dar equilíbrio técnico no campeonato, principalmente na parte final. Pode ser com quatro ou oito (clubes classificados). Poderia dar aos clubes uma situação melhor, renda, dinheiro, e equilíbrio técnico no fim da competição" - disse.

O último campeão desta fórmula foi o Santos, em 2002, que venceu o rival Corinthians por 2 a 0 e 3 a 2 nas duas decisões. De lá para cá, o único clube de fora do Eixo Rio-São Paulo a conquistar o Brasileirão foi o Cruzeiro, campeão em 2003 e nos dois últimos anos. Corinthians, Flamengo e Fluminense venceram duas vezes, enquanto o São Paulo levou o caneco em três ocasiões.

A Federação Baiana de Futebol fez o pedido pela volta do mata-mata, no final do ano passado. Caso a proposta seja aceita ou entre em discussão, o Campeonato Brasileiro só poderia ser disputado desta maneira em 2016, pois os pontos corridos permanecerão nesta temporada.

Além desta solicitação, Bolzan pede a volta da comercialização de bebidas nos estádios, mais um possível propulsor de rendas para as equipes. Para ele, os clubes seriam capazes de lucrar com contratos junto às fornecedoras do produto. A restrição às vendas em campos esportivos acontece desde 2008. Durante a disputa da Copa do Mundo, torcedores gaúchos lutaram pela liberação de bebidas nos estádios, usando o Mundial como exemplo de que isto seria possível.