O Grêmio era reconhecido nacionalmente como um time no qual valorizava a posse da bola, intensa movimentação e troca de passes, para de tal forma, abrir a defesa adversária. Roger Machado sempre pregou isso como primordial em sua filosofia de futebol, porém, em  momentos de adversidade  a filosofia não era bem aceita por parte da torcida gremista devido à falta de objetividade nas conclusões a gol, críticas eram feitas principalmente em competições com a fórmula de mata-mata, nas quais o time foi eliminado em todas as oportunidades sob o comando do ex técnico gremista.

Fato é que desde a chegada de Renato Portaluppi a filosofia de futebol do clube foi radicalmente alterada: antes um time de volume de jogo e posse de bola, agora, um time pragmático e objetivo. Assim que vem sendo o Grêmio de Portaluppi, o novo treinador tricolor claramente opta por dar campo aos seus adversários e retrair-se na defesa, assim, fazer os seus resultados através de bolas paradas e contra-ataques em velocidade. Desde sua chegada o tricolor gaúcho conquistou duas vitórias e três derrotas, porém, a moral com a torcida pelo trabalho feito vem sendo saudado.

Além da mudança na filosofia de futebol, mais alguns aspectos vem se mostrando divergentes dos que eram vistos anteriormente. Desde o início do ano o time gaúcho sofreu 28 gols oriundos de bola aérea, um problema cujo jamais foi estancado pelo antigo treinador, hoje, além de não ter sofrido gols dessa forma o tricolor vem mostrando uma segurança maior no quesito. Logo, a atitude dos jogadores é diferente da vista em jogos passados, a característica do elenco de “time de bons moços” vem alterando-se.

Porém, nem todos os fatores são positivos. O tricolor precisa solucionar os problemas com a finalização, os atacantes da equipe tem a sina de levar a pior no duelo contra os goleiros adversários e, assim, perdem oportunidades de gol muito claras. Antes, a equipe possuía um volume de jogo grande e criava diversas oportunidades para converter um ou dois gols. Agora, as oportunidades serão em menor quantidade, de tal forma, erros de finalizações terão de diminuir. Renato Portaluppi não é um mau treinador, tem que ser dado crédito e tempo para o trabalho do mesmo, e, quem sabe, voltar aos anos de glória pelos quais pertencem ao passado do tricolor gaúcho e que com toda certeza precisam ser realidade de um clube de tamanha magnitude.