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Náutico joga mal e é derrotado pelo Boa Esporte em plena Arena Pernambuco

Em partida válida pela 12ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro, Timbu viu um adversário mais organizado em campo e conheceu sua quarta derrota na Segundona

Náutico joga mal e é derrotado pelo Boa Esporte em plena Arena Pernambuco
Foto: Antônio Carneiro Costa/Gazeta Press
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Por Luís Francisco Prates

Neste sábado (19), o Náutico recebeu o Boa Esporte na Arena Pernambuco, em duelo válido pela 12ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro, e foi derrotado pelo expressivo placar de 3 a 1. O resultado manteve os pernambucanos na 12ª colocação, com 15 pontos, e colocou os mineiros logo atrás, no 13º posto, com 14.

No próximo sábado (26), o Timbu irá ao Serra Dourada, onde enfrenta o Atlético-GO, dono da 14ª colocação, às 16h20m. Um dia antes, às 21h, o Boa receberá o vice-lanterna Bragantino no Municipal de Varginha.

Boa se impõe fora de casa e larga na frente

O Náutico estava em seus domínios, mas não parecia, pois quem se impôs durante toda a primeira etapa foi o time visitante. Aos quatro minutos, após erro de cobertura do zagueiro Flávio, o atacante Luiz Eduardo não caprichou na finalização e chutou por cima da meta defendida pelo goleiro Alessandro. Era o prenúncio do que estava por vir.

Um minuto depois, outra falha da defesa alvirrubra aconteceu e, dessa vez, transformou-se em fatalidade: Rafael dominou mal a bola e Marinho Donizete a roubou, driblou Alessandro e inaugurou o marcador na Arena Pernambuco.

Atrás no placar, os alvirrubros não davam esperanças de um futuro melhor dentro das quatro linhas ao público presente. Mostravam-se tecnicamente deficientes e não conseguiam apresentar padrão de jogo algum. Os inúmeros passes errados facilitavam a marcação dos oponentes.

Senhores do jogo, os bovetas balançaram as redes pela segunda vez no 23º minuto, após Tomas receber passe na medida de Clebson e acertar um belo chute de fora da área, contribuindo para o aumento das vaias da torcida timbu.

Com o 2 a 0 imposto, o Boa diminuiu o ritmo e viu o adversário chegar ao campo de ataque, desperdiçando algumas chances que poderiam recolocá-lo na disputa. Melhor para o clube de Varginha, que foi aos vestiários em vantagem, após jogar com autoridade.

Náutico não impede derrota e sai de campo vaiado

Na volta do intervalo, os anfitriões vieram mais atentos. Quando o relógio marcava um minuto, a bola foi alçada à área e Flávio cabeceou, obrigando o goleiro João Carlos a fazer boa defesa. Dois minutos depois, Vinícius Hess cometeu pênalti e foi punido com o cartão amarelo. Na cobrança, o atacante Tadeu foi categórico e marcou o primeiro tento alvirrubro na peleja, o suficiente para retomar o apoio dos adeptos.

Aos oito minutos, o meia Marinho quase instituiu o empate no placar e confirmou o que se esperava para os 45 minutos restantes do embate: enquanto o Boa Esporte se preservava e apostava nos contra-ataques, o Náutico investia nas jogadas de ataque. Os contragolpes dos visitantes eram perigosos e assustaram Alessandro aos 15, quando o arqueiro praticou importante defesa.

No momento em que o Timba continuava pressionando em busca do empate, o Boa chegou ao terceiro gol. À meia-hora de jogo no segundo tempo, Piauí cruzou da Esquerda e Diego se antecipou a Alessandro para, de cabeça, mandar a pelota às redes, lance suficiente para desmotivar os donos da casa e fazer as vaias da torcida local voltarem.

Com a vitória praticamente assegurada, a equipe mineira optou por tocar a bola enquanto o tempo passava e contribuiu para os gritos de "Olé" - em protesto à má atuação dos alvirrubros, evidentemente - saírem das arquibancadas da Arena Pernambuco. Gritos contra o técnico Sidney Moraes também vieram à tona. O panorama era favorável para o domínio dos tricolores voltar a se fazer presente, e foi o que aconteceu.

No final das contas, o placar de 3 a 1 ficou de ótimo tamanho para os comandados de Nedo Xavier. Se as vaias direcionadas ao time do Náutico após a vitória sobre o Sampaio Corrêa foram polêmicas, as vaias originadas pelo revés de hoje estiveram longe de ser absurdas.