Negando relação com organizadas, presidente do Santa Cruz volta a dizer que clube é vítima

Antônio Luiz Neto negou relação do clube com torcidas organizadas, se mostrou solidário com a família do torcedor morto, e considerou como injusta a punição imposta pelo STJD

Negando relação com organizadas, presidente do Santa Cruz volta a dizer que clube é vítima
Antônio Luiz Neto: “Em nenhum momento os dirigentes do Santa Cruz defenderam torcidas organizadas” (Foto: Divulgação / Santa Cruz)
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Por Júnior Melo

Na manhã desta segunda-feira (05), o Santa Cruz realizou no estádio do Arruda uma entrevista coletiva para falar sobre o caso da morte do torcedor Paulo Ricardo Gomes da Silva, que foi assassinado, na última sexta-feira (02), após ser atingido por uma privada depois do jogo entre Santa Cruz e Paraná, no Arruda, válido pela terceira rodada da Série do Campeonato Brasileiro da Série B. 

Na coletiva, o presidente  Antônio Luiz Neto, voltou a falar que o Santa Cruz também é vítima. Além disso, o mandatáio tricolor disse que o clube não tem ligação com nenhuma torcida organizada. Segundo ele, nunca foi cedido ingressos, passagens e dependências para as organizadas. 

“Em nenhum momento os dirigentes do Santa Cruz defenderam torcidas organizadas. O Santa Cruz não dá ingresso, passagens, não cede dependências para essas torcidas”, falou o presidente.

Antônio Luiz Neto demonstrou solidariedade à família da vítima: “O Santa Cruz está muito triste, lamentando a morte do torcedor, e solidário com a família da vítima, a sociedade e todos aqueles que fazem o futebol”.

Porém, o presidente, também, lamentou a punição imposta pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que primeiramente interditou preventivamente o estádio do Arruda, e pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), que manteve a interdição e puniu o Santa Cruz com dois jogos sem a presença da torcida. Além disso, proibiu as organizadas Coral de frequentar todos os estádios brasileiros até ser encontrado os atiradores do vaso sanitário. 

“O Santa Cruz depende de sua torcida. Jogar com os portões fechados vai nos prejudicar demais. Não é justo. Nosso clube passa por dificuldades, o torcedor é quem nos financia”, explicou.

A coletiva também contou com a presença do vice-presidente jurídico, Eduardo Lopes, e do chefe da segurança do clube, Major Bione. O primeiro vai para o Rio de Janeiro, onde fica o STJD, para tentar revogar a decisão imposta pela entidade. 

“Vamos para o Rio de Janeiro ainda nesta segunda-feira (05) para tentar revogar essa decisão, que até agora, é baseada em informações jornalísticas. Não existe nenhum processo no STJD, mas, apenas, uma ordem de despacho”, comentou o vice-presidente jurídico do clube.