O presidente do Santos, Modesto Roma Júnior, foi punido pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) com uma suspensão de 30 dias por críticas feitas ao chefe da Comissão de Arbitragem da CBF, Sérgio Côrrea.

O comentário do dirigente ocorreu após a derrota por 3 a 1 diante do Grêmio na Vila Belmiro no início de julho. A principal reclamação foi por conta da expulsão do atacante Geuvânio por entrar em campo sem autorização do árbitro, enquanto as imagens da TV mostraram o gesto de Felipe Gomes da Silva autorizando o jogador.

Na época, Modesto chegou a afirmar que ligou para o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, para reclamar oficialmente do árbitro da partida, mas o que causou a punição foi a coletiva dada após o jogo.

“O problema não é o árbitro. Fui reclamar do chefe de ‘tribo’, que esse cara tem que ser extirpado da CBF. Não é mais possível continuar com essa arrogância da arbitragem. Eles são ‘deuses’ dentro de campo e nunca são punidos”, reclamou o dirigente após o referido jogo.

O conteúdo dessa entrevista de Modesto foi tipificado no artigo 243-F do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) por “ofender alguém em sua honra, por fato relacionado diretamente ao desporto”. Além da suspensão, o santista também terá que pagar uma multa de R$ 10 mil. O departamento jurídico do Santos já recorreu da decisão.

Caso seja confirmada a suspensão, o presidente fica proibido de realizar quaisquer atos correspondentes ao seu cargo pelo prazo que durar a punição. Em seu lugar, o vice-presidente César Confortti deve responder pelo clube.

Modesto Roma Júnior foi eleito em dezembro de 2014 e assumiu a presidência do clube no dia 1º de janeiro deste ano.  Apesar de ter sido campeão paulista, o Santos tem passado por uma crise financeira sob comando do seu novo dirigente.