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Santos é superior, bate Palmeiras pelo placar mínimo e sai em vantagem na decisão

Gol solitário de Gabigol na etapa final faz com que Peixe largue à frente na final da Copa do Brasil, enquanto Verdão precisa vencer por dois ou mais de diferença para conquistar tricampeonato; alvinegros seguem invictos na Vila sob comando de Dorival Júnior

Santos é superior, bate Palmeiras pelo placar mínimo e sai em vantagem na decisão
Foto: Divulgação/Santos
reportermateus
Por Mateus Schuler

Após um mês de hiato, a Copa do Brasil voltou. Para celebrar o retorno, a Vila Belmiro foi palco da partida de ida da grande final, envolvendo os rivais Santos e Palmeiras. Na noite desta quarta-feira (25), os santistas foram superiores em seus domínios e bateram os palmeirenses por 1 a 0. Gabigol foi o único a balançar as redes.

Com o resultado positivo, os alvinegros saem em vantagem para a volta, a ser disputada na próxima quarta-feira (2), e confirmar o bicampeonato do torneio, jogando por qualquer empate. O alviverde, porém, precisa vencer por pelo menos dois gols de diferença para confirmar o tricampeonato do certame nacional.

Na briga por uma das vagas no G-4, os times voltam a campo, pela 37ª rodada do Brasileirão, no próximo domingo (29). Enquanto o Peixe vai até o Rio de Janeiro encarar o Vasco, em São Januário às 17h (de Brasília), o Verdão receberá o Coritiba no Allianz Parque, às 18h (de Brasília), adversários que estão lutando contra o rebaixamento.

Santos é superior, mas não consegue furar bloqueio

Assim como toda final que se preze e um clássico estadual, a partida começou bastante equilibrada e com boas chances para os dois lados com apenas cinco minutos de bola rolando. Logo no primeiro, Dudu cobrou falta em direção ao gol e Vanderlei cortou mal. Jackson ficou com a sobra, mas mandou por cima da meta, perdendo oportunidade clara para o Palmeiras.

No lance seguinte, foi o Santos quem chegou próximo de balançar as redes. Lucas Lima bateu escanteio fechado e Fernando Prass afastou o perigo, gerando novo tiro esquinado. O camisa 20 voltou a levantar na pequena área, mas o árbitro viu Arouca derrubar Ricardo Oliveira e apontou para a marca da cal. O artilheiro da competição, Gabigol, foi o encarregado para a cobrança, mas acertou a trave e não tirou o zero do placar.

Apesar do Peixe se fazer mais presente ao setor ofensivo, Marcelo Oliveira foi obrigado a realizar uma modificação por conta de lesão. O atacante Gabriel Jesus, que sentiu dores no ombro direito com apenas 20 segundos da primeira etapa, deu vez ao companheiro de posição Kelvin, visando manter o estilo de jogo a ser implantado.

A superioridade mostrada dentro de campo fez o time alvinegro se aproximar novamente do gol, porém parou em boa intervenção do arqueiro adversário. Zeca ultrapassou a grande área, invadiu a pequena e arrematou com força, contudo Prass se esticou todo para evitar que o marcador fosse inaugurado na Vila Belmiro.

Na metade do primeiro tempo, o ritmo acelerado foi diminuindo, com as equipes se estudando com mais frequência no confronto e o nervosismo sendo evidenciado. O bom momento nas quatro linhas, no entanto, fazia com que os donos da casa seguissem com força no ataque e assustando a meta palmeirense em dois bons momentos na reta final.

O primeiro veio dos pés de Gabigol, que tentou se redimir do pênalti perdido. Lucas Lima fez boa jogada individual pela direita e a bola sobrou com o camisa 7, que dominou e chutou por cima da barra. Pouco depois, Victor Ferraz arrancou bem pela direita e tocou para o Pastor que, de primeira, mandou para o gol, entretanto o camisa 1 do Verdão interveio com um verdadeiro milagre e impediu que o placar fosse inaugurado no primeiro tempo.

Peixe segue melhor e é recompensado com gol solitário

Para a etapa final, o treinador Marcelo Oliveira tentou corrigir os erros defensivos e priorizou o setor de marcação. Pendurado com um amarelo, o jovem Matheus Salles saiu de campo ainda no intervalo e deu lugar - entre os 11 alviverdes - ao companheiro de posição e mais experiente Amaral.

A alteração, contudo, não modificou o panorama visto no primeiro tempo, com os alvinegros mais à vontade no ataque. Os dois minutos iniciais foram de total intensidade do Peixe e de bons lances, fazendo o goleiro do Verdão trabalhar. Renato arriscou da intermediária, a bola foi com efeito e quase pegou Prass desprevinido. Depois, Lucas Lima deixou Gabigol próximo à meta, mas o arqueiro tirou com o pé e impediu o tento.

Apesar do bom momento do Santos na partida, o Palmeiras mostrou que não estava morto e também se fazia presente ao ataque. Em um dos raros momentos que chegou à área adversária, gerou polêmica. Lucas Barrios recebeu em profundidade e foi derrubado por David Braz, mas o árbitro, equivocadamente, mandou seguir e não marcou pênalti.

Com o passar do tempo, o nervosismo foi aumentando, assim como a chuva que caiu na Vila Belmiro. Visando dar novo gás aos homens de frente, Dorival Júnior realizou uma mudança no setor. Marquinhos Gabriel, que pouco produziu, abriu espaço para a entrada do prata da casa Geuvânio, bastante aplaudido pelo público presente.

A forte marcação da defesa dos visitantes deixava a torcida santista impaciente, mas confiante em busca do primeiro gol. A persistência foi recompensada com um jogador que se redimiu após desperdiçar pênalti. Gabigol limpou bem a marcação alviverde pelo lado direito, tabelou com Ricardo Oliveira e, cara a cara com o arqueiro, não se intimidou e mandou no canto, sem dar chances de defesa.

Na reta final, o duelo ficou ainda mais provocativo, com os atletas do Verdão ficando inseguros. Em um desses momentos, o lateral-direito Lucas se desentendeu com o meio-campista Lucas Lima e foi expulso de campo, desfalcando a equipe na volta. Com um jogador a mais, os alvinegros tiveram oportunidade de fechar o caixão com Nilson, mas o atacante, mesmo livre de marcação e debaixo da barra, tocou para fora.