Nesse domingo (11), o presidente do São Paulo, Carlos Miguel Aidar pressionado por uma ameaça de impeachment, decidiu renunciar ao seu cargo. Ele anunciará a sua decisão de forma oficial na próxima terça-feira (13), quando se reunirá com o conselho deliberativo do clube e dirá a sua versão a respeito das acusações feitas por Ataíde Gil Guerreiro.
"Já convoquei a reunião. Se o conselho estiver aberto ainda, protocolo a renúncia na terça-feira a noite.", afirmou Aidar ao portal UOL.
Com a renúncia de Aidar, o atual presidente do conselho deliberativo, Carlos Augusto de Barros e Silva, mais conhecido como Leco, assumirá o cargo interinamente e terá 30 dias para convocar novas eleições presidenciais, no qual ele se candidatará e é o principal nome para ocupar a presidência do Tricolor. Leco já tem o apoio de figuras importantes, como Marco Aurélio Cunha e alguns aliados mais próximos do ex-presidente do clube, Juvenal Juvêncio.
Na última segunda-feira (5), Gil Guerreiro tentou agredir fisicamente o presidente Aidar por conta de uma discussão mais forte em uma reunião em um hotel em São Paulo. No dia seguinte, Ataíde foi demitido de seu cargo e dois dias após a briga, Gil Guerreiro enviou um email para Aidar avisando saber que o presidente estava lesando os cofres do clube e pedindo a sua renúncia imediata. Ainda no email, Ataíde revelou ter um áudio que comprovava todas as acusações e que seria repassado para o conselho deliberativo do clube.
As acusações contra Aidar são: recebimento de comissões em compra e venda de jogadores do São Paulo, tentativa frustrada de comissionar a empresa TML na qual a sua namorada, Cinira Maturana é a dona, em relação ao contrato com a fornecedora esportiva Under Armour, entre outras ações corruptas que indicam desvio de dinheiro dos cofres do clube paulista.