Começo falando de um assunto que divide opiniões, a Seleção Brasileira atual. Todos os dias surgem um amontoado de críticas, comparações, defesas, justificativas, e o que ninguém se deu conta ainda é que não está levando a nada. Desde a catástrofe dos 7 a 1, só falam em reformulação, mas alguém notou alguma diferença? Não vimos nem 1% de melhora, isso se não for muito cruel achar que até piorou.

Na noite de estreia brasileira nas eliminatórias, quero destacar quatro nomes: Jefferson, David Luiz, Oscar e, principalmente, Dunga. O goleiro falhou algumas vezes. Não são pelos erros, mas eu começaria o próximo jogo com Marcelo Grohe. O defensor do Grêmio é seguro, moderno e provou nos últimos amistosos estar preparado para assumir a posição. David Luiz saiu ainda no primeiro tempo, machucado, e não foi comprometedor como estão falando. Antes da semifinal da Copa era o xodó da torcida e depois do jogo falam como se existir um culpado pelo resultado, essa pessoa é ele. Até quando ele nem está jogando leva a culpa.

Antes que eu comece a falar de Oscar, lembro que o Brasil venceu 80% dos jogos que o meia esteve em campo. Diante do Chile, realmente, os números não bateram. Oscar foi mal, matou uma jogada atrás da outra. Não justifica a sobrecarga pela derrota em cima dele. Apesar da irregularidade, não há ninguém melhor para ocupar o lugar. É ótimo marcador, cobrador de faltas, não costuma errar passes e se destaca nos chutes de fora da área. Só precisa de mais orientação e confiança.

Aí que entra o treinador. A safra não é ruim, nós temos bons jogadores, falta qualidade tática. Perdemos porque Sampaoli é, no mínimo, dez vezes mais inteligente. Dunga demorou para fazer a primeira troca e, quando colocou Lucas Lima, era como se estivesse dizendo “te vira”. Sem falar da angustia pela ausência de Neymar ou de um centroavante lá na frente, este que nem existe no momento.

Quanto à culpa, é de quem treina. Temos parte dos melhores jogadores da Europa no grupo e nenhum consegue render como deveriam. Resta esperar uma melhora significativa na competição, para que o Brasil não fique fora da Copa pela primeira vez na história.