Edênia Nogueira Garcia já nasceu como uma lutadora. Portadora de polineuropatia sensitiva motora, uma doença progressiva que traz dificuldades de movimento nas pernas e nos braços, ela não desistiu mesmo com as dificuldades. Edênia não só passou por todas as dores da deficiência, mas passou também as adversárias e se tornou a primeira mulher brasileira tricampeãmundial paralímpica.

O Brasil é uma das maiores potências paralímpicas do mundo. A natação cresce mais a cada ano e já está entre os esportes com mais conquistas e esperanças de medalhas nos Jogos. Entre os destaques, a talentosa Edênia Garcia pode trazer o ouro que falta em seu currículo. 

A nadadora já esteve em três edições paralímpicas, levando medalhas em todas elas. Com duas pratas, Atenas 2004 e Londres 2012, e um bronze, Pequim 2008, Edênia sonha agora com o ouro, que pode vir justamente em seu país. Batalhando nos 50m costas na classe S4, a atleta de 29 anos é uma das grandes favoritas nesses Jogos Paralímpicos Rio 2016.

De Crato, pequena cidade no Ceará, para o mundo, Edênia colocou seu nome na história da modalidade brasileira quando venceu os 50m costas em Eindhoven, na Holanda, em 2010, e se tornou a primeira esportista do Brasil a conseguir três campeonatos mundiais. A atleta precisou se afastar do que amava fazer por cinco meses, já que, para acabar com as fortes dores que já a acompanhavam há anos, precisou fazer duas cirurgias, uma em cada ombro. Sua volta foi no Parapan de Toronto, em 2015, e a nadadora levou três medalhas, incluindo uma de ouro, para casa.

Edênia já conquistou diversos títulos para a natação brasileira. Foram medalhas de ouro e prata nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto 2015 e ouro nos 50m costas e 4x50m medley no ParapanPacific, nos Estados Unidos em 2014. A nadadora já levou três medalhas paralímpicas para casa na categoria 50m costas na classe S4, sendo prata em Londres 2012 e Atenas 2004 e bronze em Pequim 2008. Além disso, ela é tricampeã mundial nos 50m costas.