Visando exigir um nível mínimo de experiência para a entrada na Fórmula 1, a FIA aprovou durante a reunião do Conselho Mundial em Doha, no Catar, a adoção de regras mais estritas para adoção da super licença da entidade. Esta medida também visa impedir que pilotos extremamente jovens entrem na categoria máxima.

A FIA resolveu tomar esta medida em razão da contratação do holandês Max Verstappen como piloto títular da Toro Rosso, visando a temporada que vem, o que pegou todos no paddock de surpresa e gerou várias críticas, pelo fato de Verstappen não ter nem idade para ter carteira de motorista, já que quando estiver no grid do GP da Austrália de 2015, ele terá apenas 17 anos. Ele quebrará o recorde de piloto mais novo a estrear na Fórmula 1, antes pertencente a Jaime Alguersuari, que disputou o GP da Hungria de 2009 pela mesma Toro Rosso, com 19 anos.

Outro ponto que pesa contra o jovem piloto é o fato de que ele foi alçado à Fórmula 1 após uma temporada apenas nos monopostos, na qual estava disputando a Fórmula 3 Europeia, no qual terminou em terceiro na classificação de pilotos. Para efeito de comparação, o campeão da Fórmula 3, Esteban Ocon, que chegou a testar com a Lotus este ano, é um ano mais velho que Verstappen e já tem extensa passagem pelas categorias da World Series by Renault.

As medidas que foram aprovadas para entrarem em vigor a partir de 2016 exigirão que o piloto tenha no mínimo 18 anos, carteira de motorista do país onde reside, além de pelo menos duas temporadas em categorias menores de monopostos. Os pilotos das categorias menores também entrarão num sistema de pontuação para serem qualificados para adquirir a super licença, além de precisarem ter feito pelo menos 300 quiloômetros de testes em um Fórmula 1 de especificação atual ou recente.