Há pouco mais de dois meses, no dia 05 de outubro, Jules Bianchi sofreu um dos acidentes mais graves dos últimos anos da Fórmula 1. Na 43ª volta do Grande Prêmio do Japão, em Suzuka, o francês rodou na curva 7, debaixo de muita chuva, e acertou um guindaste, que retirava a Sauber do alemão Adrian Sutil, que havia rodado no mesmo ponto momentos antes. O piloto da Marussia foi levado ao Hospital Geral de Mie, no Japão, com lesões graves na cabeça, entre elas uma lesão axonal difusa (LAD), e recentemente foi transferido para o Hospital de Nice, na França, onde mora a família (o que segundo a família, ''os deixou em paz'').
Segundo a Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos, que analisou o caso, 90% dos pacientes que possuem LAD ficam em coma definitivo, e 33% morrem. Porém, segundo o pai de Jules, Philippe Bianchi, a situação dele continua estável, e a família não irá desistir tão cedo.
''Jules (Bianchi) continua estável. Leva tempo e paciência, e quando tivermos um progresso real, avisaremos'', disse Philippe ao jornal francês Var Matin.
''Mas como Jules é forte, nós tentamos estar fortes também. Estamos fazendo o melhor que podemos. Nós estamos ao lado da cama dele, não vamos desistir, e estamos tentando dar a ele toda a energia que temos”, concluiu.
Recentemente, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) divulgou o relatório oficial do acidente, durante a reunião do conselho mundial da entidade, em Doha, no Catar, dizendo que o acidente foi causado pelo piloto, que não reduziu o suficiente a velocidade em ponto de bandeira amarela (por causa do acidente de Sutil), que todos os procedimentos tomados pela organização da corrida (inclusive o polêmico fato de não ter sido chamado o safety-car) foram os corretos e recomendáveis, e que nem mesmo um cockpit coberto o salvaria das lesões.